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A Reescrita e os Caminhos da Construção do Sujeito - Centro de ...

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Ain<strong>da</strong> que as crianças tenham acha<strong>do</strong> "bico" e produzi<strong>do</strong> estes poemas commuita rapi<strong>de</strong>z, a tarefa não é tão simples assim. Envolve complexas operações: épreciso analisar a estrutura <strong>do</strong> poema (número <strong>de</strong> estrofes, número <strong>de</strong> vers<strong>os</strong> porestrofe); analisar a organização morf<strong>os</strong>sintática <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> verso; reconhecer aprogressão temática; selecionar palavras <strong>da</strong> lista que permitam construir umtexto coerente...Ao observarm<strong>os</strong> <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>, vem<strong>os</strong> que alguns element<strong>os</strong> são reproduzid<strong>os</strong>com fi<strong>de</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> ao mo<strong>de</strong>lo: a organização sintagmática d<strong>os</strong> <strong>do</strong>is primeir<strong>os</strong> vers<strong>os</strong>,a interrogativa <strong>da</strong> última estrofe (as crianças ain<strong>da</strong> não pontuam seus text<strong>os</strong>); oúltimo verso.O que não respeitam? Introduzem verb<strong>os</strong>. Mas ao incluí-l<strong>os</strong> explicitam acompreensão que tiveram <strong>do</strong> poema <strong>de</strong> Cecília. Os text<strong>os</strong> que produzem sãocoerentes e esteticamente interessantes: ao lerem uns para <strong>os</strong> outr<strong>os</strong>, as duplascomemoram, saltan<strong>do</strong> e baten<strong>do</strong> as mã<strong>os</strong> espalma<strong>da</strong>s. Os colegas aplau<strong>de</strong>m ecomentam:- Ah... o Capitão não ficou bêba<strong>do</strong>?Danielle e Déborah trocaram risinh<strong>os</strong> cúmplices durante to<strong>da</strong> a produção <strong>de</strong>texto: queriam um final feliz - um sim no lugar <strong>do</strong> não. Às vezes é precisotransgredir <strong>os</strong> mo<strong>de</strong>l<strong>os</strong> para <strong>da</strong>r conta <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong> dizer.BibliografiaABAURRE, M. B. M. Os estud<strong>os</strong> lingüístic<strong>os</strong> e a aquisição <strong>da</strong> escrita. In: 11ENCONTRO NACIONAL SOBRE AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM. Anais...Porto Alegre: PUCRS, 1991.ALBANO, E. C. Da fala à linguagem tocan<strong>do</strong> <strong>de</strong> ouvi<strong>do</strong>. São Paulo: MartinsFontes, 1990.AITHIER-REVUS, J. Hétérogénéité montrée et hétérogénéité constitutive:élements pour une approche <strong>de</strong> I'autre <strong>da</strong>ns le discours. DRLAV-Revue <strong>de</strong>Linguistique, n. 26, 1982.ALVARENGA, D. et al. Da forma sonora <strong>da</strong> fala à forma gráfica <strong>da</strong> escrita: umaanálise lingüística <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> alfabetização. Ca<strong>de</strong>rn<strong>os</strong> <strong>de</strong> Estud<strong>os</strong>Lingüistic<strong>os</strong>, Campinas, Unicamp, n.16, 1989.106

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