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Editorialpro - Unimar

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Rodrigo Prevedello Franco e Aparecido Antonio CamachoINTRODUÇÃOA doença degenerativa mixomatosa da válvulamitral (DDMVM) caracteriza-se por uma insuficiênciavalvar que acomete cães geriátricos de pequeno porte(1), com os sinais clínicos de tosse, cansaço fácil,dispneia e síncope, derivados da ativação dos mecanismoscompensatórios da ICC (2). O diagnósticodefinitivo fundamenta-se na resenha, anamnese eexame físico, com a auscultação cardíaca evidenciandoregurgitação em foco mitral, graduados de Ia VI/VI (3). Entretanto, necessita-se da realizaçãodos exames complementares como radiografias,eletrocardiogramas e ecodopplercardiogramas, composterior estadiamento das classes funcionais da ICC,conforme ISACHC (1995), para o início da terapiamais adequada (4,5).Assim, devido ao aumento na incidência decães com DDMVM e portadores de ICC, buscou-secaracterizar clinicamente os cães conforme as classesfuncionais Ib e II da ICC, relacionando estas característicasclínicas com a gravidade da valvulopatia.MATERIAL E MÉTODOForam avaliados 86 cães portadores de DD-MVM no período de 2007 a 2010, distribuídos emdois grupos. O grupo G1 era composto por 40 cãespertencentes à classe funcional Ib da ICC, caracterizadospor apresentarem assintomático e portadoresde cardiomegalia. O grupo G2 era composto por 46cães pertencentes à classe funcional II portadores desinais clínicos como tosse, dispneia e cardiomegalia.O diagnóstico da DDMVM foi fundamentado pormeio da resenha, realização da anamnese, examesfísicos e laboratoriais, eletrocardiografia, radiografiae ecodopplercardiagrafia.Por meio de um questionário aplicado aos proprietáriosdos cães durante a anamnese, foram obtidasinformações sobre as condições gerais do animal, presençade cansaço fácil, classificação do grau da tossequando presente, ocorrência de síncopes e dispneia.Durante o exame físico, todos os parâmetros clínicosforam aferidos, com ênfase na auscultação cardiorrespiratóriae classificação do grau da regurgitaçãopresente da válvula mitral (6).Após a obtenção dos dados, eles foram tabuladoscom a finalidade de evidenciar e diferenciar ascaracterísticas clínicas pertencentes a cada grupo decães avaliados conforme a classe funcional da ICC.idade, ficou patente a incidência de cães do grupoG1 apresentando idades entre 8 a 11 anos, e de cãesdo grupo G2 dentro da faixa etária dos 9 a 13 anos.Esses resultados que evidenciam o aumento da idadeconforme a evolução da valvulopatia, como citado emestudos científicos que relataram a incidência de 35%da cardiopatia até os 4 anos e 75% na faixa de 9 a 12anos de idade (6,1).Na caracterização do porte racial, observaramsecães de pequeno porte, com 52% pertencentes à raçaPoodle, 20% à raça Pinschers, 12% à raça Teckel, 6%à raça Fox terrier e 10% de cães sem raça definida,com peso entre três a sete kg, em ambos os grupos.Confirmou-se a predisposição da DDMVM em acometercães de porte e raças pequenas (1,7).Em relação aos sinais clínicos, os cães do grupoG1 (Ib) não apresentavam sinais clínicos de ICC,porém, alguns animais eram portadores do colapsotraqueal, diagnosticado concomitantemente com aDDMVM, levando a episódios de espirros reversos,confundidos, muitas vezes, com tosse de grau levepelos proprietários. Entretanto, os proprietários doscães do grupo G2, quando questionados sobre àocorrência de sinais clínicos, relataram a presençada tosse de grau moderada a severa e cansaço fácil(figuras 1 e 2). Ressalta-se, novamente, a presença docolapso traqueal em alguns animais do grupo G2. Osresultados diferenciaram os cães dentro das classesfuncionais da ICC, além de evidenciar a probabilidadeda ocorrência do colapso traqueal juntamente aDDMVM, relacionando a predisposição das afecçõesem raças condrodistróficas (3,7,8).Figura 1. Representação gráfica das ocorrências dos grausde tosse em cães com DDMVM, conforme as classesfuncionais Ib (G1) e II (G2) estudadas.RESULTADOS E DISCUSSÃOTodos os cães dos grupos avaliados não apresentaramalterações quanto à coloração de mucosas,valores da frequência cardíaca, respiratória e temperatura(7). No exame físico torácico, observou-seausência de crepitações pulmonares. Com relação àUNIMAR CIÊNCIAS 20 (1-2), 2011 40

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