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Etapa 1 – 2009 (pdf) - Fundação Cultural do Estado da Bahia

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7indústria de construção. To<strong>do</strong>s estes fatores propiciaram a realização de tantasobras deste porte, tanto em edifícios públicos, como priva<strong>do</strong>s. Este irreversívelprocesso de urbanização, auxilia<strong>do</strong> pelo advento <strong>da</strong> arquitetura moderna, comsuas novas tipologias, fez com que a Ci<strong>da</strong>de de Salva<strong>do</strong>r presenciasse, então,um extraordinário florescimento <strong>da</strong> arte mural. Edifícios bancários, comerciais eresidenciais procuraram se distinguir pela presença de um painel, em seusespaços públicos, semi-públicos ou, até mesmo, priva<strong>do</strong>s. Segun<strong>do</strong> JuarezParaíso (PARAÍSO, 2006, p 34), estes murais foram executa<strong>do</strong>s através <strong>da</strong>s maisvaria<strong>da</strong>s concepções e técnicas, as quais oscilavam entre o geometrismoabstrato e as representações figurativas referentes a fatos históricos <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de,costumes e mitos populares e, muitas vezes, composições puramentedecorativas e superficiais evocan<strong>do</strong>, de forma banaliza<strong>da</strong>, elementos <strong>do</strong> folclorebaiano.Como já cita<strong>do</strong>, a iniciativa <strong>do</strong> poder público americano <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 30,com o “Projeto Federal de Arte”, serviu de inspiração para os políticos de váriospaíses e, particularmente, <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de de Salva<strong>do</strong>r na criação de uma legislaçãoespecífica em relação à arte mural, única em to<strong>do</strong> o Brasil. Trata-se <strong>da</strong> LeiMunicipal nº 686, de junho de 1956, que tornava “obrigatório contemplar comobras de valor artístico prédios que vierem a ser construí<strong>do</strong>s.” Inexplicavelmente,esta lei não foi regulamenta<strong>da</strong>. Sua regulamentação e aplicação seria deinestimável valia, não só para os artistas, mas também pela excepcionalprodução de obras de arte que motivaria, o que colocaria Salva<strong>do</strong>r numa posiçãoain<strong>da</strong> mais destaca<strong>da</strong> como “ci<strong>da</strong>de artística” no cenário mundial.Apesar <strong>da</strong> não regulamentação, houve uma enorme expansão <strong>da</strong> artenestes espaços que surgiram a partir deste momento, vide inúmeros edifíciosconstruí<strong>do</strong>s na segun<strong>da</strong> metade <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1950 e to<strong>da</strong> a déca<strong>da</strong> de 1960 osquais possuem em sua maioria painéis e murais <strong>da</strong>ta<strong>do</strong>s <strong>da</strong> mesma época. Épreciso destacar que esta pesquisa teve como um de seus objetivos, justamente,traçar um roteiro destas obras para divulgar e proteger este acervo tãoimportante, cria<strong>do</strong> por artistas muito significativos para a arte baiana e abrasileira.Foi constata<strong>do</strong>, em to<strong>da</strong>s as fontes pesquisa<strong>da</strong>s até então, que opioneirismo <strong>da</strong> arte mural em Salva<strong>do</strong>r coube a Carlos Bastos, Mário Cravo Jr.,Genaro de Carvalho, Jenner Augusto e Carybé. Não por coincidência, os

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