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Etapa 1 – 2009 (pdf) - Fundação Cultural do Estado da Bahia

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3marca<strong>do</strong>s para a contemplação, as obras simplesmente “invadem” a percepçãode quem passa, de forma despretensiosa, mas marcante, sem dúvi<strong>da</strong>.Estas obras não são apenas uma ampliação de quadros ou esculturas depequeno porte, caracterizam-se pela multiplici<strong>da</strong>de de tensões visuais e pelorelacionamento democrático com a comuni<strong>da</strong>de e com o ambiente <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de. Épossível perceber na História <strong>da</strong> Arte alguns movimentos de artistas que sepropuseram a realizar murais e painéis em edifícios, escolas, encostas, etc., nointuito de levar arte para as massas, tornar a experiência estética acessível ato<strong>do</strong>s. O movimento Muralista Mexicano, talvez seja o mais conheci<strong>do</strong> destesmovimentos, que nas déca<strong>da</strong>s de 20 e 30 <strong>do</strong> século XX realizaram inúmerasobras com esta discussão. Também nos anos 30 aconteceram nos Esta<strong>do</strong>sUni<strong>do</strong>s <strong>da</strong> América iniciativas governamentais, nas quais os artistas erampatrocina<strong>do</strong>s pela iniciativa pública, na realização de painéis e murais emedifícios públicos em várias ci<strong>da</strong>des <strong>do</strong> país. Estas iniciativas serviram de modelopara o poder público, assim como para empresários no Brasil, principalmente apartir <strong>do</strong>s anos 40, deste mesmo século.A arquitetura moderna, surgi<strong>da</strong> no Brasil nos anos 30, vai possibilitar e atémesmo influenciar no aumento de encomen<strong>da</strong>s de murais e painéis devi<strong>do</strong> aopróprio tratamento <strong>da</strong><strong>do</strong> às paredes de concreto, nas quais as obras já erampensa<strong>da</strong>s desde a estrutura <strong>da</strong> construção, em sua maioria. É possível catalogarem to<strong>do</strong> o Brasil iniciativas onde o arquiteto trabalhou conjuntamente com artistasplásticos.Na <strong>Bahia</strong>, particularmente em Salva<strong>do</strong>r, os murais e painéis começaram aaparecer ain<strong>da</strong> na déca<strong>da</strong> de 1940, quan<strong>do</strong> a ci<strong>da</strong>de passou por um processo demu<strong>da</strong>nça no cenário artístico, cultural e econômico. A ci<strong>da</strong>de começou a passarpor diversas transformações urbanísticas, e após a Segun<strong>da</strong> Guerra, aaceleração <strong>do</strong> comércio e a industrialização foram se estabelecen<strong>do</strong>. Houve acriação, em 1946, <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal <strong>da</strong> <strong>Bahia</strong> pelo reitor Edgard Santos,responsável por muitas mu<strong>da</strong>nças no cenário artístico de Salva<strong>do</strong>r. AntonioRisério (1995), num estu<strong>do</strong> sobre a avant-garde na <strong>Bahia</strong>, denomina a figura <strong>do</strong>reitor como uma expressão <strong>da</strong> “era varguista”, inserin<strong>do</strong> o mesmo nas ideologiastenentistas e integralistas. E aponta o nacionalismo, o industrialismo e areivindicação social como as linhas mestras <strong>do</strong> discurso tenentista. Portanto,Edgard Santos seria, segun<strong>do</strong> Risério, um produto desses acontecimentos. Sua

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