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Etapa 1 – 2009 (pdf) - Fundação Cultural do Estado da Bahia

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10Seguin<strong>do</strong> com as informações relativas aos murais <strong>da</strong> Escola Parque,compon<strong>do</strong> a revisão bibliográfica realiza<strong>da</strong> nesta pesquisa, encontra-seconfecciona<strong>do</strong> com a mesma técnica <strong>da</strong> têmpera o mural de Maria Célia Ama<strong>do</strong>.Embora, com dimensões bem menores, 3m x 11m, o mural tem como tema “Oofício <strong>do</strong> homem” e suas figuras apresentam uma estilização que varia entre oabstrato e o figurativo. As figuras são completamente chapa<strong>da</strong>s e suacomposição deixa transparecer a influência cubista, pre<strong>do</strong>minan<strong>do</strong> a linha reta <strong>da</strong>estrutura geométrica. Este mural, assim como os de Carybé e Mário Cravo Jr., foirealiza<strong>do</strong> em 1955. Já os murais de Jenner Augusto e Carlos Mangano foraminicia<strong>do</strong>s em 1953 e concluí<strong>do</strong>s em 1954 e, ao contrário <strong>do</strong>s já cita<strong>do</strong>s, os quaistendem à abstração geométrica, caracterizam-se pela carga expressionista.Jenner Augusto desenvolveu ritmos curvilíneos para “A evolução <strong>do</strong> homem”,carregan<strong>do</strong> o trabalho com um superpovoamento, possivelmente influencia<strong>do</strong>pelos muralistas mexicanos. Realiza<strong>do</strong> com a técnica <strong>do</strong> afresco, sen<strong>do</strong> ele eCarlo Mangano os <strong>do</strong>is únicos artistas modernos a trabalhar com esta técnica emSalva<strong>do</strong>r. Mangano realizou seu mural na Escola Parque <strong>da</strong> mesma forma queJenner, sobre uma parede de 2,70m x 20m, intitula<strong>do</strong> “Trabalho de costumes”.Neste mural é possível testemunhar a essência <strong>do</strong> modernismo <strong>do</strong>s anos 50 na<strong>Bahia</strong>, onde a simplificação <strong>da</strong>s figuras confirma o aban<strong>do</strong>no <strong>da</strong> perspectivarenascentista e <strong>do</strong> modela<strong>do</strong> <strong>do</strong> realismo acadêmico. São simplificações exigi<strong>da</strong>spela própria linguagem <strong>do</strong> mural, pela grande extensão <strong>da</strong> parede e pelavisualização <strong>do</strong> conjunto.Outro conjunto importante está localiza<strong>do</strong> no CAB – Centro Administrativo<strong>da</strong> <strong>Bahia</strong>, o qual também está descrito em algumas fontes pesquisa<strong>da</strong>s.Implanta<strong>do</strong> entre 1971 e 1974, representa o segun<strong>do</strong> grande momento deinterferência governamental na produção de Murais na <strong>Bahia</strong>, demonstran<strong>do</strong> aimportância <strong>do</strong> incentivo <strong>do</strong> poder público na execução de obras de arte degrande porte. Dentre os artistas escolhi<strong>do</strong>s para a realização de obras no CABestão presentes alguns <strong>do</strong>s artistas <strong>da</strong> Escola Parque, notan<strong>do</strong>, entretanto, osdiferentes resulta<strong>do</strong>s técnicos e estéticos deste conjunto. Os murais <strong>da</strong> Escolaconseguem uma maior integração com o ambiente, além de possuíremdimensões bem maiores, caracterizan<strong>do</strong>-se como murais propriamente ditos. Jáos trabalhos realiza<strong>do</strong>s no CAB, assemelham-se a quadros amplia<strong>do</strong>s, ou painéisde médio porte, a exemplo <strong>do</strong> “Sonho de Yemanjá nas águas <strong>da</strong> <strong>Bahia</strong>”, pinta<strong>do</strong>

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