11.07.2015 Views

Etapa 1 – 2009 (pdf) - Fundação Cultural do Estado da Bahia

Etapa 1 – 2009 (pdf) - Fundação Cultural do Estado da Bahia

Etapa 1 – 2009 (pdf) - Fundação Cultural do Estado da Bahia

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

9Suas obras, no Centro Integra<strong>do</strong> Carneiro Ribeiro e no restaurante <strong>do</strong> Hotel <strong>da</strong><strong>Bahia</strong>, foram realiza<strong>da</strong>s nos primeiros anos <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 50 e lançaram asemente <strong>da</strong> arte mural em Salva<strong>do</strong>r. Qualquer outra manifestação anterior a essa<strong>da</strong>ta não tem a importância dessas obras pela sua significação em termos deescala de tamanho, como conjunto monumental. Por estas razões e pelo grandevalor representativo que estas obras possuem é que deve sempre haver umtrabalho de conservação e restauração <strong>da</strong>s mesmas, além de uma maiordivulgação <strong>da</strong> importância destes murais nas próprias comuni<strong>da</strong>des às quais elespertencem.O mural de Mário Cravo Júnior, por exemplo, intitula<strong>do</strong> “A força <strong>do</strong>trabalho”, parece ter si<strong>do</strong> o mais preocupa<strong>do</strong> com a integração com o espaçoarquitetônico, e como disse a Professora Márcia Magno Baptista em suadissertação de mestra<strong>do</strong> “Realização de murais na UFBA” (1995), to<strong>do</strong> o conjuntoparece apropriar-se <strong>da</strong> estrutura de ferro <strong>do</strong> telha<strong>do</strong>. Na ver<strong>da</strong>de, é evidente apreocupação <strong>do</strong> artista em realizar uma composição comprometi<strong>da</strong> com ograndioso espaço destina<strong>do</strong> ao seu mural. A estrutura <strong>do</strong> telha<strong>do</strong> parece terinspira<strong>do</strong> o artista a conceber o ritmo de seu trabalho, geometricamentesimplifica<strong>do</strong> e <strong>do</strong>mina<strong>do</strong> por linhas de forças diagonais convergentes e planostriangulares que interligam as figuras menores à figura central <strong>do</strong>minante. Esteconceito de figura central <strong>do</strong>minante, também existe no mural de Carybé, comsimplificação <strong>do</strong> espaço e utilização <strong>da</strong> geometrização, apresentan<strong>do</strong>-se maissuave e com uma interpretação mais realista pela própria linha de trabalho <strong>do</strong>artista. Situa-se ao la<strong>do</strong> oposto ao trabalho de Mário Cravo Jr. sen<strong>do</strong>, <strong>do</strong> conjunto<strong>do</strong>s murais, os <strong>do</strong>is maiores. A pesquisa<strong>do</strong>ra Márcio Magno cita uma declaraçãoelabora<strong>da</strong> pelo crítico José Valla<strong>da</strong>res (1995, p 49), que considerava o painel deCarybé como um panorama <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Salva<strong>do</strong>r, no qual dizia que o mural “Aevolução <strong>do</strong> trabalho”, é fruto de uma interpretação futurista e cheio de alusõesao automatismo, viagens espaciais, dentre outras considerações. É uma obraintegra<strong>da</strong> à arquitetura, onde há uma harmonia de cores análogas e ummodela<strong>do</strong> sutil <strong>da</strong>s figuras. Neste trabalho, o artista demonstra <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong>desenho e <strong>da</strong> composição mural, assim como o fez em tantos trabalhosespalha<strong>do</strong>s pelo Comércio, Centro Histórico, Campo Grande, Graça, Barra, etc..Trata-se de uma obra monumental, medin<strong>do</strong> 8m x 20m, tal qual o mural de MárioCravo, e foi realiza<strong>da</strong> na técnica de têmpera sobre madeira.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!