11.07.2015 Views

Visualizar - Ministério do Meio Ambiente

Visualizar - Ministério do Meio Ambiente

Visualizar - Ministério do Meio Ambiente

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ealiza<strong>do</strong>s em Sepetiba, RJ (Rodrigues &Hofer, 1986) e na região costeira <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>de São Paulo (Martins, 1988), demonstrarama presença de V. cholerae não-O1 e V.cholerae O1 não toxigênico sem ocasionarsurtos de cólera ou gastroenterites nessasregiões nos perío<strong>do</strong>s estuda<strong>do</strong>s. Saben<strong>do</strong>disso, pode-se afirmar que a bactéria V.cholerae não-O1 é uma bactéria autóctone<strong>do</strong> ecossistema marinho no Brasil. Estu<strong>do</strong>sposteriores, no Esta<strong>do</strong> de São Paulo,mostraram a presença de V. cholerae O1utilizan<strong>do</strong> a técnica de imunofluorescênciadireta e anticorpos monoclonais (Martins etal., 1993, Rubin, 2000, Martinelli, 2007).Em perío<strong>do</strong>s epidêmicos no Brasil, durante1991-1999, isola<strong>do</strong>s clínicos e ambientaisde V. cholerae O1 toxigênico de to<strong>do</strong>s osesta<strong>do</strong>s foram caracteriza<strong>do</strong>s em nívelmolecular (Vital Brazil et al., 2002).Situação populacional: Detectada.Cepas patogênicas de Vibrio choleraeO1 ocorreram em diversas regiões <strong>do</strong> paísem décadas passadas, quan<strong>do</strong> a situaçãopopulacional era característica de umaespécie invasora. Entretanto, a situaçãopopulacional quan<strong>do</strong> da publicação destelivro é mais bem caracterizada comodetectada.<strong>Ambiente</strong>s preferenciais parainvasão: <strong>Ambiente</strong>s com saneamentobásico precário e áreas costeiras e marinhasdegradadas.Condições ambientais no local deorigem: Regiões de clima tropical.Rotas e vetores de dispersão:Correntes marinhas e água de lastro.Distribuição geográfica no Brasil:Atualmente não estão sen<strong>do</strong> relata<strong>do</strong>s casosde cólera nem isolamentos de V. choleraeO1 toxigênico.Ecossistemas afeta<strong>do</strong>s no Brasil:Ecossistemas aquáticos.Organismos afeta<strong>do</strong>s: Não existemrelatos da forma toxigênica associada aorganismos marinhos no Brasil.Impacto Ecológico: Desequilíbrio nonúmero e diversidade de microrganismos.Impacto Econômico: O surgimentode epidemias acarreta maior investimentofinanceiro para o tratamento da <strong>do</strong>ença.Surtos de cólera podem também ocasionarimpactos sobre atividades econômicas dasregiões afetadas (por exemplo, interrupçãode atividade pesqueira, problemas nacaptação de água para abastecimento eimpacto sobre o turismo).Impacto na saúde: O consumo dealimentos marinhos contamina<strong>do</strong>s comVibrio cholerae O1 toxigênico pode ser umadas principais causas da cólera em regiõescosteiras.Impacto Social e Cultural: Osimpactos ambientais e na saúde, cita<strong>do</strong>sacima, têm reflexos sobre a sociedade emgeral, desde as populações pobres quedependem da pesca e <strong>do</strong> extrativismo atésegmentos de maior poder aquisitivo queutilizam a região costeira para lazer, além deafetar o setor produtivo (empresas <strong>do</strong> setorportuário e de aqüicultura) e governamental(maior canalização de recursos financeiros ehumanos para a contenção <strong>do</strong> problema).Análise de risco da introdução:A presença de cepas patogênicas significarisco <strong>do</strong> surgimento da epidemia de cólera.No Brasil, em 2002-2003, foi evidenciada apresença de Vibrio cholerae O1 toxigênicoem 3,8% de 105 amostras de água de lastroe em 7,8% de 90 amostras de água deregiões portuárias brasileiras (Souza, 2007).A análise de risco deve ser empreendida pormeio da análise <strong>do</strong>s vetores potenciais de94Informe sobre as Espécies Exóticas Invasoras Marinhas no Brasil

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!