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Visualizar - Ministério do Meio Ambiente

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e os dinoflagela<strong>do</strong>s Scrippsiella spinifera,Fragilidium subglobosum e Protoperidiniumcompressum.Há registros de que H. akashiwo éforma<strong>do</strong>ra de floração com efeitos deletériosem diferentes partes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> (Hallegraeff& Hara, 2003), inclusive no Brasil (Proença &Fernandes, 2004). Fragilidium subglobosumé o primeiro registro para toda a região <strong>do</strong>Atlântico Sul Ocidental e, juntamente comos outros <strong>do</strong>is dinoflagela<strong>do</strong>s, foi encontra<strong>do</strong>pela primeira vez no Brasil na forma decistos no sedimento em área portuária.Estes exemplos sinalizam quepesquisas futuras que visem subsidiar acriação de hipóteses sobre a introdução demicroalgas, consideran<strong>do</strong>-se a discussão arespeito <strong>do</strong> status de criptogênica, devemincluir o estu<strong>do</strong> de formas de resistência nosedimento, especialmente em fazendas demaricultura e áreas com atividade portuária(Hallegraeff, 1995). Os critérios cria<strong>do</strong>sestão foca<strong>do</strong>s neste tipo de estratégia desobrevivência e enfatizam a importância deestu<strong>do</strong>s em sítios potencialmente receptoresde espécies exóticas. Somente a aplicaçãodestes critérios em outros casos de novosregistros poderá verificar se as perguntaselaboradas devem ser alteradas, algumaseliminadas, ou ainda, outras adicionadas.Proença & Fernades (2004) consideramH. akashiwo como uma espécie introduzidadevi<strong>do</strong> ao seu primeiro registro ser recente(em 1997 na costa <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Sul,Persich et al., 1998) e ao fato de ter si<strong>do</strong>encontrada posteriormente (2001) emfloração na Baía de Paranaguá, Paraná,causan<strong>do</strong> prejuízos ecológicos e econômicos.De fato, a floração de H.akashiwo emParanaguá permite o início de construçãode uma hipótese de introdução pelocomportamento “agressivo” da população.Esta é uma tendência freqüentementeobservada em organismos recentementeintroduzi<strong>do</strong>s devi<strong>do</strong> à ausência <strong>do</strong>s fatorescontrola<strong>do</strong>res das populações característicosde suas regiões de origem. Entretanto, estetrabalho considera que H. akashiwo é umaespécie criptogênica por <strong>do</strong>is motivos: 1)a ausência de registro anterior pode seratribuí<strong>do</strong> ao fato das células serem frágeis(destruídas em amostras fixadas) ten<strong>do</strong>passa<strong>do</strong> despercebidas; e 2) a distribuiçãomundial da espécie é bastante ampla, massem uma cronologia de ocorrências, oque dificulta a interpretação de possíveispadrões de transporte entre biorregiões.Heterosigma akashiwo é comumem regiões costeiras, inclusive em águassalobras. A distribuição atual envolve os<strong>do</strong>is hemisférios, sugerin<strong>do</strong> uma ocorrênciaassociada à temperatura (Smayda, 1998).No hemisfério norte, ocorre em ambosos la<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Oceano Atlântico entre 40º e55º N, no Pacífico ocidental entre 30º e55º N (Japão, Coréia <strong>do</strong> Sul e China) e noPacífico oriental nas proximidades de 50º N(Columbia Britânica, Esta<strong>do</strong> de Washington).No hemisfério sul, foi responsável porflorações no Pacífico (Austrália, NovaZelândia e na costa <strong>do</strong> Chile entre 35º e45º S) e no Atlântico Sul oriental (Namíbia eSu<strong>do</strong>este Africano). Também foi registradaem latitudes mais baixas como no Golfo <strong>do</strong>México e na costa pacífica <strong>do</strong> México (Band-Schmidt et al., 2004) e no Pacífico Orientalem Cingapura (Hallegraef & Hara, 2003). Asflorações em áreas de cultivos de peixes naColumbia Britânica, Esta<strong>do</strong> de Washington,Cingapura, Nova Zelândia e Baía deParanaguá causaram mortandade de peixes,fato este associa<strong>do</strong> a sua capacidade deprodução de ictiotoxina (Band-Schimidtet al., 2004). Tem capacidade de formarcistos de resistência (Matsuoka & Fukuyo,2003) que permanecem viáveis por longosperío<strong>do</strong>s (até 30 semanas) no escuro(Gregório & Connell, 2000).88Informe sobre as Espécies Exóticas Invasoras Marinhas no Brasil

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