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Visualizar - Ministério do Meio Ambiente

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intensidade da produtividade primária,no tempo e no espaço, assim como acomposição específica <strong>do</strong> fitoplâncton,estão diretamente associadas aos padrõesde distribuição <strong>do</strong> próximo nível trófico,constituí<strong>do</strong> pelo zooplâncton.O zooplâncton possui um papelfundamental nos ecossistemas marinhos,por meio de processos metabólicos quepromovem a transferência da energiafixada a partir da produção primária <strong>do</strong>fitoplâncton para organismos de nível tróficosuperior. O crescimento <strong>do</strong> fitoplânctonpode ser limita<strong>do</strong> pela atividade dealimentação <strong>do</strong>s organismos herbívorose onívoros <strong>do</strong> zooplâncton, que, por suavez, possuem uma grande importância naciclagem de nutrientes, em decorrência daexcreção de metabólitos. A produção depelotas fecais pelo zooplâncton promoveo “empacotamento” <strong>do</strong> material biogênico(fitoplâncton, microzooplâncton ou detritos),que é transporta<strong>do</strong> mais rapidamente parao assoalho marinho ou recicla<strong>do</strong> ao longo dacoluna de água, processos estes de grandesignificância nos ambientes aquáticos(Miller, 2004).A produção secundária <strong>do</strong> zooplânctoné limitada por forçantes físicas (advecçãoe turbulência), químicas (equilíbrioosmótico, substâncias tóxicas ou nocivasetc.) e biológicas (disponibilidade dealimento, predação e competição). Estasinfluências atuam em diferentes escalas detempo, varian<strong>do</strong>, para uma determinadapopulação, desde alguns segun<strong>do</strong>s adécadas. As modificações de curta escalade tempo (horas, dias) nas associaçõeszooplanctônicas estão relacionadasprincipalmente com os movimentos da maré,a drenagem continental ou com eventosoceanográficos, como a influência de águasprofundas frias e ricas em nutrientes.Nesta escala de tempo, os organismosestabelecem uma série de estratégiascomportamentais, incluin<strong>do</strong>, entre outras,a migração vertical, a competição porespaço, a busca por alimento e a fuga depreda<strong>do</strong>res (Valiela, 1984). As modificaçõesde longa escala de tempo se relacionam comas variações sazonais, interanuais e entredécadas, frequentemente ligadas a eventosclimatológicos.Como os organismos zooplanctônicospodem ser transporta<strong>do</strong>s passivamentepelas correntes marinhas, sua distribuiçãoespacial está estreitamente relacionadacom a posição geográfica e batimétrica (emtermos de profundidade) das massas deágua. A mistura ou a sobreposição verticaldas massas de água podem ainda geraráreas de transição faunística, caracterizadaspela coexistência de espécies que integramas diferentes associações. A análise deespécies indica<strong>do</strong>ras de massas de águarepresenta uma abordagem interessantepara a definição das zonas faunísticasglobais. No entanto, a sobrevivência, ocrescimento e a reprodução <strong>do</strong>s organismoszooplanctônicos não dependem apenas <strong>do</strong>sparâmetros físicos e químicos das águas.To<strong>do</strong>s os fatores biológicos e ecológicos queafetam o metabolismo <strong>do</strong> zooplâncton, comoa disponibilidade e a qualidade <strong>do</strong> alimento,a predação e os diversos tipos de simbiose,são igualmente importantes (Da<strong>do</strong>n &Boltovskoy, 1982). Assim, as espécies quepossuem exigências ecológicas semelhantesformam associações adaptadas tanto aosgradientes físicos e químicos das massasde água quanto ao seu esta<strong>do</strong> tróficocorrespondente (Omori & Ikeda, 1984;Miller, 2004).Estas constatações, derivadasde inúmeros estu<strong>do</strong>s sobre a ecologia<strong>do</strong> zooplâncton marinho, são assimfundamentais para a compreensão <strong>do</strong>sprocessos de introdução de espécies destacomunidade biológica. Assim, as chancesde estabelecimento de uma dada espécie<strong>Ambiente</strong> Marinho 41

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