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Visualizar - Ministério do Meio Ambiente

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quadro de hipertensão arterial pulmonar,com risco de necessitar de transplante),envolven<strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>res que realizavamdespesca de camarão cria<strong>do</strong> em cativeiromanipulan<strong>do</strong> o metabissulfito de sódio,usa<strong>do</strong> para prevenir a formação de manchasnegras nos camarões (Araújo & Araújo,2004); e (3) O uso <strong>do</strong> antibiótico clorofenicoltambém emprega<strong>do</strong> por em algunsempresários, pode provocar diminuição deglóbulos vermelhos e até anemia em sereshumanos. Outros antibióticos, produtosquímicos (desinfetantes) e algicidas podemser utiliza<strong>do</strong>s no processo (G.A.A., 2002).• Sociais e culturais – A geraçãode empregos permanentes pelacarcinocultura como sen<strong>do</strong> de 1 homem/ha de cultivos semi-intensivos, com médiacorresponden<strong>do</strong> a 1 trabalha<strong>do</strong>r para cada1,2 hectares cultiva<strong>do</strong>s. Entretanto, ocultivo de camarões é bem mais intensivoem capital que em trabalho. Nas grandesfazendas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ceará esse valorpassa a 0,2 emprego/ha cultiva<strong>do</strong>, o quecorresponderia a 20 emprega<strong>do</strong>s (relaçõesformais), numa fazenda de 100 ha. Essenúmero aumenta, apenas, por ocasião <strong>do</strong>perío<strong>do</strong> da despesca, tarefa que faz uso demão-de-obra temporária, sem qualificaçãoespecial, verdadeiros “bóias-frias”.Saúde <strong>do</strong> camarão marinho L.vannamei em cativeiroA partir de 1995 viroses e bactériasdesaceleraram o crescimento <strong>do</strong>s cultivosde camarão em cativeiro nos hemisfériosOriental e Ocidental, devi<strong>do</strong> ao aumento<strong>do</strong>s custos de produção, enquanto asindústrias se ajustavam aos padrõesinternacionais de qualidade <strong>do</strong> produto ecom relação ao meio ambiente. São váriosos vírus associa<strong>do</strong>s: (1) IHHNV “InfectiousHypordemal” e “Hematopoietic NecrosisVirus” (induz anomalias no crescimento e nodesenvolvimento); (2) TSV “Taura SyndromeVirus”; WSSV “White Spot Syndrome Virus”;(3) YHV “Yellow-Head Virus”; RDS “RuntDeformity Vírus”; IMNV (responsável pelaMionecrose Infecciosa, ex-NIM); (4) O vírusda mancha branca (WSSV), geralmente semanifesta em animais que tenham esta<strong>do</strong>nos tanques de cultivo por mais de 60 dias,perío<strong>do</strong> crítico para os carcinocultores (emtermos econômicos), uma vez que nesseperío<strong>do</strong> os camarões consomem grandesquantidades de ração, porém ainda sãopequenos demais para serem despesca<strong>do</strong>s ecomercializa<strong>do</strong>s; e (5) Com relação ao IHHNV(“Infectious Hypodermal” e “HaematopoeiticNecrosis Virus”) os membros sobreviventesde população infectada podem manterseinfecta<strong>do</strong>s pelo vírus e passá-los paraseus descendentes e outras populações portransmissões horizontal e vertical (Bower,1996). Os teci<strong>do</strong>s de camarões infecta<strong>do</strong>spelo vírus IHHNV, também conheci<strong>do</strong>por IHHN ou por RDS, são resistentesao éter, permanecen<strong>do</strong> na qualidade dereservatórios naturais de patógenos apósarmazenagem (glicerol 50%) por até 14dias, sob temperaturas de 25-28ºC; pormais de 5 anos sob temperaturas de -20ºC;e, por mais de 10 anos a -80ºC (Lightner &Chen, 2000; in: O.I.E., 2000).No início de 2003, a NecroseIdiopática Muscular (IHHNV, ex-NIM) foiresponsabilizada por causar grandes perdaseconômicas por mortandade nas fazendasde camarão nos esta<strong>do</strong>s de Santa Catarina,Piauí, Ceará e Rio Grande <strong>do</strong> Norte. Medidasde biossegurança podem mitigar possíveistransmissões horizontais dessa patologia(outros crustáceos, água, fezes de aves)para regiões ainda não contaminadas,embora esse tipo de transmissão sejaconsidera<strong>do</strong> relativamente ineficaz, comexceção <strong>do</strong> canibalismo, ingestão de teci<strong>do</strong>scontamina<strong>do</strong>s. Nos casos de transmissãovertical, há fator de risco de contaminaçãode náuplios e pós-larvas, gera<strong>do</strong>s a partirde progenitores contamina<strong>do</strong>s.<strong>Ambiente</strong> Marinho 333

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