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Visualizar - Ministério do Meio Ambiente

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estu<strong>do</strong> (Junho de 1999 a Agosto de 2000).O recrutamento de M. coccopoma tambémfoi sempre superior ao de M. tintinnabulum(Apolinário, 2003). Foi observa<strong>do</strong> ainda queM. coccopoma recruta e sobrevive melhorque M. tintinnabulum sobre o mexilhãoPerna perna (Linnaeus, 1758), muitocomum nesta região. A abundância destemitilídeo associada à grande epibiose <strong>do</strong>scirripédios são fatores muito importantesno sucesso <strong>do</strong> estabelecimento da espécie.Na Baía de Sepetiba, no TEBIG (TerminalMarítimo da Baía da Ilha Grande), M.coccopoma apresentou uma densidade de4420 indivíduos m -2 bem superior a de M.tintinnabulum que apresentou apenas 200indivíduos m -2 no mesmo local.Questiona<strong>do</strong> sobre possíveis impactosde M. coccopoma na costa leste <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>sUni<strong>do</strong>s, Newman, um grande especialistaem cirripédios <strong>do</strong> Scripps Institute ofOceanography, na Califórnia, afirmou queesta espécie, apesar de oportunista, nunca<strong>do</strong>mina completamente os ambientes ondeocorre e que a presença de preda<strong>do</strong>resnaturais geralmente controla a suadensidade.Impactos na mariculturaA fixação de cirripédios nas estruturasde cultivos marinhos pode comprometera durabilidade <strong>do</strong>s mesmos ocasionan<strong>do</strong>o aumento <strong>do</strong> peso e dificultan<strong>do</strong> amanutenção e despesca, além de reduzira qualidade <strong>do</strong> produto. Os cirripédiostambém podem competir por espaço comas espécies cultivadas (Severino & Resgalla-Júnior, 2005).No litoral de Santa Catarina (Enseadade Armação <strong>do</strong> Itapocoroy), M. coccopomafoi a espécie mais abundante, entre as oitoespécies de Cirripedia presentes.Recentemente (em 2007), cria<strong>do</strong>resde mexilhão <strong>do</strong> litoral norte de São Paulotiveram sua produção prejudicada peloepizoísmo de M. coccopoma, que causou amorte de grande parte da produção (FábioPitombo, comunicação pessoal).Impactos em tubulaçõesUma grande incrustação porcirripédios da espécie M. coccopoma foiconstatada quan<strong>do</strong> a Usina Nuclear deAngra I começou a funcionar. Para evitara incrustação, a usina começou a tratar aágua <strong>do</strong> mar que resfriava as tubulaçõescom cloro, uma prática que foi importada<strong>do</strong>s EUA. Esse méto<strong>do</strong> não funcionava muitobem no Brasil, já que, apesar <strong>do</strong> cloro, osespécimes cresciam dentro das tubulações,aumentan<strong>do</strong> custos com manutenção.A partir de mergulhos no interiordas tubulações, os técnicos perceberamque, nas curvas <strong>do</strong> túnel de admissão,não havia crescimento de cirripédios. Apósalgum tempo de estu<strong>do</strong> foi verifica<strong>do</strong> que oscirripédios não conseguiam se fixar quan<strong>do</strong>a velocidade da água era superior a 1,5 m/s.Após essa constatação foi ajusta<strong>do</strong> um fluxode água acima de 1,5 m/s com duas bombasoperan<strong>do</strong> conjuntamente, que diminuiudrasticamente a incrustação. Atualmente,o cloro continua sen<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>, mas emmenor concentração (www.comciencia.br).Recomendações e conclusõesApesar de M. coccopoma estarclassificada no contexto deste trabalhocomo uma espécie estabelecida no litoralbrasileiro, não atingin<strong>do</strong> o status de invasora,é uma espécie que merece bastante atençãotanto por parte <strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>res quanto<strong>do</strong>s gestores <strong>do</strong> meio ambiente. Estu<strong>do</strong>sdescritivos e ecológicos acerca da distribuiçãoe dinâmica desta espécie na costa brasileirasão de grande importância para ampliação<strong>do</strong> conhecimento e certamente fornecerão330Informe sobre as Espécies Exóticas Invasoras Marinhas no Brasil

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