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Visualizar - Ministério do Meio Ambiente

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seis estágios de nauplius finaliza<strong>do</strong> poruma fase de cypris. Neste trabalho foiapresentada uma descrição detalhada e aduração de cada fase larval. Apesar de umamarcante variação sazonal na temperatura(entre 29,6ºC na primavera e verão e 16ºCno outono e inverno) não foi constata<strong>do</strong>um padrão de variação no desenvolvimentode larvas ao longo o ano, indican<strong>do</strong> umaprodução contínua de larvas. Foi constata<strong>do</strong>,entretanto, um maior recrutamento nosmeses de primavera e verão, apesar dapresença de picos de larvas no inverno.Contu<strong>do</strong>, pelo fato <strong>do</strong> desenvolvimentoem temperaturas mais baixas ser maislento, as larvas passam mais tempo nacoluna d´água estan<strong>do</strong> mais susceptíveis àpredação e dispersão, o que determina umrecrutamento menor (Severino & Resgalla-Junior, 2005).M. coccopoma é uma espécieoportunista de comportamento gregário comgrande capacidade de incrustar substratosartificiais principalmente bóias, embarcaçõese crustáceos de grande tamanho (Newman& Ross, 1976). Kerckhof & Cattrijsse (2001)demonstraram que balanídeos encontra<strong>do</strong>sem bóias <strong>do</strong> Mar <strong>do</strong> Norte, ao longo da costada Holanda, identifica<strong>do</strong>s como Balanusperforatus Bruguiére, 1789, e mais tardecomo Megabalanus tintinnabulum, eram, narealidade, espécimes de M. coccopoma. NaBaía de Sepetiba, durante o levantamentoda biota portuária implementa<strong>do</strong> peloPrograma GloBallast (Leal-Neto & Jablonski,2004) foi constatada a presença destaespécie em quase todas as bóias <strong>do</strong> canalde navegação (Silveira, 2002).VetoresO principal vetor de introduçãode M. coccopoma provavelmente é abioincrustação. Darwin (1854) já citavaa grande capacidade desta espécie emincrustar cascos de navios. Incrustações<strong>do</strong> gênero Megabalanus são tambémcomumente observadas em plataformas depetróleo <strong>do</strong>cadas em Niterói, RJ (Apolinário,2003). A literatura cita também a presençaconspícua desta espécie em bóias denavegação (Kerckhof & Cattrijsse, 2001;Kerckhof et al., 2007).Um outro provável vetor é a água delastro, visto que larvas de cirripédios sãofreqüentemente encontradas em amostrasde água de lastro (Gollasch et al., 2000;Olenin et al., 2000). Silveira et al. (2006)identificaram juvenis de M. coccopoma empilares <strong>do</strong> Terminal Salineiro de Areia Branca(RN) em baixas densidades, relacionan<strong>do</strong>a água de lastro como possível vetor deintrodução. Estes autores afirmaram que oscascos de navios que fazem a rota Arraial <strong>do</strong>Cabo-Areia Branca estavam relativamentelimpos de incrustação e que a freqüênciade água de lastro neste terminal era alta.Por sua vez, Souza (2000) e Silva (2001)identificaram larvas de cirripédios nostanques de lastro desta mesma rota.Entretanto, Newman e McConnaughey(1987) argumentaram que o transportede larvas de M. coccopoma seria poucoprovável, uma vez que estas, pelo fato denão serem muito estuarinas, não tolerariamas condições adversas <strong>do</strong>s tanques delastro.Outro vetor que não deve serdespreza<strong>do</strong> é a maricultura, já que éfreqüente a presença desta espécie noscultivos, principalmente no sul <strong>do</strong> país(Severino & Resgalla-Júnior, 2005).Ri s c o s potenciais e a t u a i sCompetiçãoNo Brasil, esta espécie ocupa noscostões a mesma faixa de M. vesiculosuse M. tintinnabulum. Na Baía de Guanabara,adultos de M. coccopoma apresentaram umaabundância sempre superior a de adultosde M. tintinnabulum em to<strong>do</strong>s os meses de<strong>Ambiente</strong> Marinho 329

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