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Visualizar - Ministério do Meio Ambiente

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Foi registrada também em San Diego,Califórnia, após um perío<strong>do</strong> de “El Niño”(1982-1983) quan<strong>do</strong> as águas apresentaramum marca<strong>do</strong> aumento de temperatura(Newman & McConnaughey, 1987). Estaespécie é considerada introduzida emvárias regiões <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, como nas IlhasMaurício, Nova Caledônia, Bélgica, Brasil,México e Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. Foi introduzidano Brasil, provavelmente, entre os anos de1940 e 1970. Sua distribuição no Atlânticotem se expandi<strong>do</strong> nos últimos anos, sen<strong>do</strong>observa<strong>do</strong>s registros no Golfo <strong>do</strong> México em2002 (Celis, 2004) e mais recentemente aolongo da costa sudeste <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s,da Flórida a Carolina <strong>do</strong> Norte (www.sms.si.edu).Existem estu<strong>do</strong>s em andamento paradeterminar se M. coccopoma e a espécieMegabalanus rosa (Pilsbry, 1916) são amesma espécie (Powers et al., 2006). Casoisto se comprove, tanto a distribuição nativaquanto a distribuição introduzida da espéciedeverão ser revisadas.Distribuição no Brasil e relaçõescom outras espécies <strong>do</strong> gêneroNo Brasil, ocorrem quatro espécies<strong>do</strong> gênero Megabalanus (Young, 1998;Apolinário, 2003). Megabalanus stultus(Darwin, 1854) e Megabalanus vesiculosus(Darwin, 1854) são espécies relativamenteraras e de distribuição restrita aoAtlântico Ocidental (Young, 1994, 1998).M. vesiculosus é considerada endêmicada nossa costa (Rocha, 1999), sen<strong>do</strong>encontrada, principalmente, nos esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>sul e sudeste (Fábio Pitombo, comunicaçãopessoal). Farrapeira et al. (2007) citam,entretanto, a ocorrência desta espécie emcascos de navios no Porto de Recife, PE.Megabalanus tintinnabulum (Linnaeus,1758) é abundante e amplamente distribuídana costa tropical brasileira. Devi<strong>do</strong> a suadistribuição cosmopolita e origem incerta,esta espécie é considerada criptogênica nanossa costa. No Brasil, sua ocorrência foiregistrada pela primeira vez no início <strong>do</strong>século XX (Pilsbry, 1916).Finalmente, M. coccopoma éconsiderada uma espécie introduzida noBrasil, onde ocorre <strong>do</strong> Espírito Santo aoRio Grande <strong>do</strong> Sul (Young, 1994). Apesarde na costa brasileira apresentar comolimite norte de distribuição o Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>Espírito Santo, esta espécie foi encontradatambém nos pilares <strong>do</strong> terminal salineirode Areia Branca, Rio Grande <strong>do</strong> Nortee em embarcações no Porto de Recife,Pernambuco ( Silveira, 2005; Silveiraet al., 2006; Farrapeira et al, 2007). M.coccopoma teve seu primeiro registro paraa costa brasileira na Baía de Guanabara (Riode Janeiro), por volta de 1970 (Lacombe &Monteiro, 1974). Entretanto, Young (1994)sugeriu que a colonização tenha se da<strong>do</strong>por volta <strong>do</strong> ano de 1940, visto que Oliveira(1940, 1941) e Luderwaldt (1929) nãoregistraram a presença desta espécie paraa Baía de Guanabara (RJ) e São Sebastião(SP).Características biológicasM. coccopoma é um grande balanídeode cor rosa alcançan<strong>do</strong> até 5 centímetrosem altura e largura. É uma espécie tropicale as temperaturas mais baixas parecemlimitar a sua distribuição. Também pareceter preferência por salinidades mais altas(Kerckhof, 2002), embora possa ocorrer emáguas pouco salobras (Apolinário, 2003).Ocorre desde a faixa inferior da zona entremarésaté o infralitoral.Na maioria <strong>do</strong>s cirripédios ocorrefecundação cruzada entre hermafroditassimultâneos. A fecundação é interna.Severino & Resgalla-Junior (2005)descreveram o desenvolvimento larval de M.coccopoma e sua variação temporal em umaárea de cultivo no litoral de Santa Catarina.O desenvolvimento foi caracteriza<strong>do</strong> por328Informe sobre as Espécies Exóticas Invasoras Marinhas no Brasil

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