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Visualizar - Ministério do Meio Ambiente

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espécies encontradas apenas Charybdisferiatus (Linnaeus, 1758) é comercializadapara consumo (Wee & Ng, 1995). No BrasilC. hellerii não é encontrada nos merca<strong>do</strong>s,sen<strong>do</strong> também desprezada pelas populaçõesribeirinhas. Carqueija (2002) comenta que arejeição de C. hellerii como alimento colocaa pressão <strong>do</strong> esforço de pesca unicamentesobre as espécies nativas.Risco potencialExiste um risco potencial de que C.hellerii torne-se um competi<strong>do</strong>r de espéciescomercialmente importantes de Callinectes.Embora pouco se saiba sobre o impacto deC. hellerii sobre as comunidades nativas, asconsequências ecológicas de sua introduçãoem habitats sensíveis como os recifescoralinos brasileiros poderiam ser graves(Tavares & Amouroux, 2003). Além <strong>do</strong> mais,C. hellerii é um hospedeiro potencial <strong>do</strong>vírus WSSV (White Spot Syndrome Virus),que ocorre naturalmente em Charybdisferiatus e Charybdis natator (Herbst, 1789),assim como em diversas outras espécies decaranguejos e em camarões (Royo et al.,1999).Es p é c i e e s t a b e l e c i d aMegabalanus coccopoma (Darwin,1854)Pelo fato de serem importantescomponentes da bioincrustação, oscirripédios estão amplamente distribuí<strong>do</strong>sno mun<strong>do</strong>. Na costa brasileira, os limites dedistribuição <strong>do</strong>s cirripédios são determina<strong>do</strong>sprincipalmente pela temperatura. Sãoencontradas espécies tropicais confinadasàs baixas latitudes, por serem maisestenotérmicas <strong>do</strong> que um menor númerode espécies, mais tolerantes ao resfriamentodas águas em direção ao sul. Na costanorte <strong>do</strong> Brasil, o empobrecimento dafauna de cirripédios deve-se provavelmenteà extinção de ecossistemas propícios aoestabelecimento desses crustáceos comoa alta sedimentação e baixas salinidades(Rocha, 1999).Na costa brasileira, a riqueza deespécies de cirripédios de águas rasas émaior em latitudes varian<strong>do</strong> entre 10° e24°S. Ainda em águas rasas, sabe-se que onúmero de espécies (17) classificadas comotropicais é bem superior àquele da zonasubtropical (5). Contu<strong>do</strong>, não há endemismodentre as espécies tropicais, enquantoque duas das cinco espécies subtropicaisArcoscalpellum boubalocerus Young, 1992e Litoscalpellum henriquecostai (Weber,1960) são endêmicas. Consideran<strong>do</strong>-seambas as zonas, tropical e subtropical,podem ser apontadas mais três espéciesendêmicas: Chthamalus bisinuatus Pilsbry,1916, Fistulobalanus citerosum (Henry,1974) e Megabalanus vesiculosus Darwin,1854 (Rocha, 1999). Entre as espéciesdistribuídas na costa brasileira muitas sãocosmopolitas e consideradas criptogênicascomo é o caso de Amphibalanus amphitriteDarwin, 1854, Amphibalanus improvisusDarwin, 1854, Balanus trigonus Darwin,1854, e Megabalanus tintinnabulum (L.1758). Dentre as espécies de Cirripediacomprovadamente introduzidas na costabrasileira (Apolinário, 2002), algumas sãointroduções recentes como Amphibalanusreticulatus (Utinomi, 1967) e Chironaamaryllis (Darwin, 1854) enquantoMegabalanus coccopoma (Darwin, 1854) éuma introdução mais antiga (provavelmenteda década de 1940).Distribuição da espécie nos locaisde origem e de introduçãoBalanídeos <strong>do</strong> gênero MegabalanusHoek, 1913 são amplamente distribuí<strong>do</strong>s nomun<strong>do</strong>. Megabalanus coccopoma (Darwin,1854) é uma espécie nativa da costa leste<strong>do</strong> Pacífico tropical da América Central e Sul(<strong>do</strong> Golfo de Guayaquil (Equa<strong>do</strong>r – Peru)ao Mazatlaú (México)) (Celis et al., 2007).<strong>Ambiente</strong> Marinho 327

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