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Visualizar - Ministério do Meio Ambiente

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Us o s e c o n ô m i c o s potenciais e a t u a i sÉ uma das mais importantes espécies de camarão marinho cultivadas nas Américas,para consumo direto e também associa<strong>do</strong> à produção de isca viva (Tavares & Men<strong>do</strong>nça, Jr.,1996).Im p a c t o sEc o l ó g i c o sOs produtos químicos utiliza<strong>do</strong>s, na maioria <strong>do</strong>s empreendimentos, nas atividadesde produção de camarão em cativeiro são, principalmente, cloro, calcário, uréia, silicato,superfosfato, como implementos para o controle das propriedades químicas da água e <strong>do</strong>solo (pH, alcalinidade, material em suspensão, salinidade). Há utilização de metabissulfitode sódio (Na 2S 2O 5) durante a etapa de despesca (para conservação <strong>do</strong> camarão). Após serlança<strong>do</strong> na água também promove liberação <strong>do</strong> gás dióxi<strong>do</strong> de enxofre. Este gás (SO 2) éconsidera<strong>do</strong> de insalubridade máxima pelo quadro N o 01 da Norma Regulamenta<strong>do</strong>ra N o 15<strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Trabalho e Emprego, quan<strong>do</strong> atinge 4 ppm.A troca (reposição) de água nos tanques de cultivo por meio <strong>do</strong> fluxo das marés, empequenos corpos de água (canais e gamboas), é incompleta e os efluentes podem não dissiparcompletamente ao serem elimina<strong>do</strong>s. Esse fato promove a distribuição de enfermidadesentre as fazendas. Caranguejos e outros animais, possíveis porta<strong>do</strong>res de enfermidades decamarões, abundam na zona entremarés tropicais poden<strong>do</strong> contaminar novos tanques decultivo (Boyd, 1998).A presença da espécie exótica L. vannamei no litoral brasileiro é preocupante pelonúmero de exemplares captura<strong>do</strong>s em ambiente estuarino e marinho, coincidin<strong>do</strong> como fato da espécie ser a mais utilizada pelos carcinocultores nordestinos. Entretanto, nãohá estu<strong>do</strong>s científicos específicos quanto aos impactos atuais e potenciais <strong>do</strong> Litopenaeusvannamei sobre outros organismos, muito embora se encontre disponível <strong>do</strong>cumento sobreo “Diagnóstico Global <strong>do</strong>s Impactos Socioambientais Decorrentes da Carcinocultura”. Nocaso de organismos afeta<strong>do</strong>s, é possível divisar duas modalidades de impactos sobre osmesmos, deven<strong>do</strong> ser adequadamente estudadas e avaliadas:• Impactos diretos - sobre espécies nativas de camarão e demais organismos aquáticosque possam competir pelo mesmo tipo de alimento e hábitat; impactos causa<strong>do</strong>s pelapoluição orgânica e contaminação de ambientes aquáticos devi<strong>do</strong> aos aportes <strong>do</strong>s tanquesde cultivo.• Impactos indiretos - dispersão de vírus e outros patógenos por meio de vetoresvaria<strong>do</strong>s, como pela água, pelo escape de camarões e outros crustáceos <strong>do</strong>s cultivos (porexemplo, microcrustáceos planctônicos); pela transmissão vertical na teia trófica (ban<strong>do</strong>sde aves migratórias ou residentes podem pousar em áreas de carcinocultura, consumin<strong>do</strong>grande quantidade de camarões, eventualmente dispersan<strong>do</strong> o vírus para outras regiões).Os ecossistemas afeta<strong>do</strong>s são planícies costeiras, áreas estuarinas, manguezais emarismas; e áreas costeiras, incluin<strong>do</strong> a plataforma continental.<strong>Ambiente</strong> Marinho 255

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