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Visualizar - Ministério do Meio Ambiente

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De s c r i ç ã o d a i n t r o d u ç ã oO tráfico negreiro realiza<strong>do</strong> entre os séculos XVIII e XIX pode ter si<strong>do</strong> o vetor deintrodução de Perna perna na costa brasileira, que teria chega<strong>do</strong> incrusta<strong>do</strong> no casco <strong>do</strong>snavios. Muitos navios negreiros que aportaram na Bahia e Rio de Janeiro vinham de locaisda África onde se registra a presença de P. perna (Congo, Angola, Moçambique e Tanzânia).No Brasil não foram encontra<strong>do</strong>s registros fósseis consistentes que atestem a existência deP. perna. (Souza, 2003; Souza, et. al. 2004).Ca r a c t e r í s t i c a s m o r f o l ó g i c a sPerna perna é um <strong>do</strong>s maiores mexilhões chegan<strong>do</strong> a atingir 170 mm de comprimento.Apresenta superfície lisa com linhas de crescimento concêntricas, margem ventral estreitae charneira com 1 ou 2 dentes. Periostraco marrom escuro com bandas verde-amareladaspróximas a margem ventral. Face interna nacarada de cor roxa (Rios, 1994).Lu g a r d e o r i g e mEsta espécie é originária da África (Atlântico Oriental), possivelmente Congo, Angola,Moçambique, Tanzânia (Souza, 2003; Souza, et. al. 2004).Distribuição g e o g r á f i c aRegiões tropicais e subtropicais <strong>do</strong>s Oceanos Atlântico e Índico e Mar Mediterrâneo.Esta espécie é reportada como introduzida no Caribe, Golfo <strong>do</strong> México, Venezuela, MarMediterrâneo e Brasil (Grant et al., 1992; Hicks & Tunnel, 1993; Holland et al., 1999; Hickset al., 2001; Hayes & Sliwa, 2003; Souza, 2003; Souza, et. al. 2004).Ec o l o g i aHa b i t a tEsta espécie é encontrada em substratos consolida<strong>do</strong>s naturais e artificiais. Pernaperna é um bivalve encontra<strong>do</strong>, habitualmente em substratos consolida<strong>do</strong>s de águas litoraise sublitorais rasas de oceanos subtropicais. Esta espécie forma densas populações ao longo<strong>do</strong>s costões desde as regiões entre-marés até uma profundidade de 10 metros, poden<strong>do</strong>ser encontrada aderida aos cascos de embarcações, plataformas de petróleo, bóias denavegação, ancora<strong>do</strong>uros ou em qualquer outro local que lhe sirva de substrato. (Fernandes,1981; Fernandes, 1985; Souza, 2003; Rapagnã, 2004; http://nis.gsmfc.org/; http://www.serc.si.edu/).Ab u n d â n c i aEsta espécie pode atingir altas densidades em costões rochosos e em substratosartificiais. Na década de oitenta foram encontradas densidades de 769 ind./225 cm² na Baíade Guanabara (RJ) (Torres 1983). Também na década de oitenta, em Arraial <strong>do</strong> Cabo (RJ),a espécie apresentava densidade máxima de 100 ind./900cm² (Fernandes, 1981), enquantoque, no mesmo local, na década atual, apresenta densidade máxima de 862 indivíduos900cm -2 (Rapagnã, 2004).<strong>Ambiente</strong> Marinho 189

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