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Ec o l o g i aHa b i t a tOs espécimes de I. bicolor são encontrados fixos pelo bisso em costões rochosos,principalmente onde o impacto direto das ondas é ausente ou minimizado por condiçõeslocais de relevo ou do próprio costão. Os espécimes ocorrem desde o supralitoral, onde vivemno interior de poças de maré, até sete metros de profundidade no infralitoral. Entretanto,é na zona entre-marés onde se observa a maior concentração de indivíduos. Em costõesprotegidos da ação direta das ondas, ou na face das rochas opostas à arrebentação deondas, mas onde a água apresenta intenso turbilhonamento, a espécie ocorre em pequenonúmero e freqüentemente abrigada no interior de depressões, de fendas, e em cavidadesabandonadas por ouriços ou outros animais do mesolitoral. Em costões amplos, de grandedeclividade banhados por ondas de baixo impacto e correndo paralelas à superfície da rocha,é onde ocorrem as maiores densidades de indivíduos disputando espaços com outras espécies(Martins, 2000; Rocha, 2002; Breves-Ramos, 2004; Ferreira-Silva, 2004; Fernandes et. al.,2004; Moysés, 2005; Ferreira-Silva, 2008).Ab u n d â n c i aEspécie encontrada em altas densidades populacionais nas diversas áreas em que estápresente: Rocha, 2002 – 250 indivíduos por 100 cm 2 - Ponta da Fortaleza - Arraial do Cabo,RJ; Breves-Ramos, 2004 - 800 indivíduos por 100 cm 2 (Média para Praia Vermelha – Rio deJaneiro, RJ, Ponta da Fortaleza - Arraial do Cabo, RJ e Ilha do Brandão - Angra dos Reis, RJ);Fernandes et al., 2004 - 445 indivíduos por 100 cm 2 - Ponta da Fortaleza - Arraial do Cabo,RJ; Teixeira, 2006 – 230 indivíduos por 100 cm 2 - Ponta da Fortaleza - Arraial do Cabo, RJ;Ferreira-Silva, 2008 – 13 indivíduos por 100 cm 2 - Praia Vermelha – Rio de JaneiroCo m p o r t a m e n t o /Ec o f i s i o l o g i aIndivíduos, geralmente, encontrados em grandes adensamentos de organismosco-específicos ou mistos o que permite uma melhor proteção a ondas, predação, etc.(Domaneschi & Martins, 2002) e também no interior de fendas, carapaças e cavidades deoutros organismos (Moysés, 2005). Esta espécie não é uma colonizadora inicial do substrato,ocorrendo tardiamente durante o processo de sucessão (Rocha, 2002; Ferreira-Silva,2004).Re p r o d u ç ã o e d i s p e r s ã oReprodução sexuada. Esta espécie apresenta fases larvais planctônicas podendo oprocesso de dispersão natural se dar através de correntes.Di e t a/Mo d o d e n u t r i ç ã oSuspensívoro.Am b i e n t e s p r e f e r e n c i a i s p a r a i n v a s ã oMarinho Costeiro. Substratos consolidados naturais e artificiais.Co n d i ç õ e s a m b i e n t a i s n o l o c a l d e o r i g e mDesconhecidas.Ambiente Marinho 177
Pr i m e i r o r e g i s t r o n o Br a s i lTi p o d e i n t r o d u ç ã o : Não intencional.Lo c a l : Praia de Barequeçaba, São Sebastião, São Paulo (23° 49´S; 46° 26`W).Da t a: 1994.Fo n t e : Domaneschi & Martins, 2002.Me i o s d e d i s p e r s ã o - potenciais e a t u a i sRo t a s d e d i s p e r s ã oPotenciais: Sem comprovação.Atuais: Navegação.Ve t o r e s d e d i s p e r s ã oPotenciais: Água de lastro; aquicultura; correntes marinhas.Atuais: Incrustação.Distribuição g e o g r á f i c a n o Br a s i lLo c a l: Rio Grande do Norte a Santa Catarina (Domaneschi & Martins, 2002; Clarke et al., 2004;Souza, 2003; Souza et al., 2004; Creed & Oliveira, 2005).Co n tat o s: André Breves Ramos – abr@biologia.ufrj.br; Andrea Junqueira – ajunq@biologia.ufrj.br; Maria Augusta G. Ferreira da Silva – mariaugusta@gmail.com; Maria Soledad Lopez -msolelopez@yahoo.com.ar; Rafael Marques Teixeira: rafaelmate@yahoo.com.brUs o s e c o n ô m i c o s potenciais e a t u a i sDesconhecido no mundo e no Brasil, mas é provável que I. bicolor possa vir a serexplorado como fonte alimentar nas regiões onde outros bivalves comestíveis estejamescasseando devido ao extrativismo intenso, contudo, mais estudos da biologia desta espéciesão necessários (Martins, 2000).Im p a c t o sEc o l ó g i c o sEsta espécie tem, aparentemente, causado alterações na estrutura das comunidadesnativas de costões rochosos do litoral brasileiro.Alguns autores destacam uma possível competição por espaço com o bivalve Pernaperna causando a redução da abundância do mexilhão nos costões brasileiros (Rocha, 2002,Fernandes et. al., 2004, Breves-Ramos, 2004, Rapagnã, 2004).Ec o n ô m i c o sEm alguns locais do Brasil, o aumento da abundância de Isognomon bicolor está,possivelmente, causando a redução da abundância do mexilhão comestível Perna perna tantoem costões rochosos, quanto em áreas de cultivo desta espécie (Rocha, 2002, Fernandes et.al., 2004, Rapagnã, 2004).178Informe sobre as Espécies Exóticas Invasoras Marinhas no Brasil
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Pr i m e i r o r e g i s t r o n o Br a s i lTi p o d e i n t r o d u ç ã o : Não intencional.Lo c a l : Praia de Barequeçaba, São Sebastião, São Paulo (23° 49´S; 46° 26`W).Da t a: 1994.Fo n t e : Domaneschi & Martins, 2002.Me i o s d e d i s p e r s ã o - potenciais e a t u a i sRo t a s d e d i s p e r s ã oPotenciais: Sem comprovação.Atuais: Navegação.Ve t o r e s d e d i s p e r s ã oPotenciais: Água de lastro; aquicultura; correntes marinhas.Atuais: Incrustação.Distribuição g e o g r á f i c a n o Br a s i lLo c a l: Rio Grande <strong>do</strong> Norte a Santa Catarina (Domaneschi & Martins, 2002; Clarke et al., 2004;Souza, 2003; Souza et al., 2004; Creed & Oliveira, 2005).Co n tat o s: André Breves Ramos – abr@biologia.ufrj.br; Andrea Junqueira – ajunq@biologia.ufrj.br; Maria Augusta G. Ferreira da Silva – mariaugusta@gmail.com; Maria Soledad Lopez -msolelopez@yahoo.com.ar; Rafael Marques Teixeira: rafaelmate@yahoo.com.brUs o s e c o n ô m i c o s potenciais e a t u a i sDesconheci<strong>do</strong> no mun<strong>do</strong> e no Brasil, mas é provável que I. bicolor possa vir a serexplora<strong>do</strong> como fonte alimentar nas regiões onde outros bivalves comestíveis estejamescassean<strong>do</strong> devi<strong>do</strong> ao extrativismo intenso, contu<strong>do</strong>, mais estu<strong>do</strong>s da biologia desta espéciesão necessários (Martins, 2000).Im p a c t o sEc o l ó g i c o sEsta espécie tem, aparentemente, causa<strong>do</strong> alterações na estrutura das comunidadesnativas de costões rochosos <strong>do</strong> litoral brasileiro.Alguns autores destacam uma possível competição por espaço com o bivalve Pernaperna causan<strong>do</strong> a redução da abundância <strong>do</strong> mexilhão nos costões brasileiros (Rocha, 2002,Fernandes et. al., 2004, Breves-Ramos, 2004, Rapagnã, 2004).Ec o n ô m i c o sEm alguns locais <strong>do</strong> Brasil, o aumento da abundância de Isognomon bicolor está,possivelmente, causan<strong>do</strong> a redução da abundância <strong>do</strong> mexilhão comestível Perna perna tantoem costões rochosos, quanto em áreas de cultivo desta espécie (Rocha, 2002, Fernandes et.al., 2004, Rapagnã, 2004).178Informe sobre as Espécies Exóticas Invasoras Marinhas no Brasil