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Instituto terra e Mar registraram a ocorrência do gênero Tubastraea em Ilha Bela, litoralnorte de São Paulo (Quinto, 2008). O rápido crescimento de Tubastraea, a rapidez com queseus pólipos se recuperam e suas elevadas taxas de recrutamento em substratos artificiaisforam observadas por Paula (2002) na Baía de Ilha Grande. Além disso, tem sido indicado opotencial químico de competição do gênero (Kor & Sweatman, 2000). Estas característicasindicam o alto poder competitivo da espécie aumentando sua possibilidade de expansão paraoutras regiões do litoral brasileiro.Ca r a c t e r í s t i c a s m o r f o l ó g i c a sColônias aproximadamente esféricas, geralmente globulares, convexas, com cenossarcode cor amarela. Coralo branco; plocóide ou facelóide; poroso (perfurado). Coralo de até 150mm de diâmetro. Geralmente fixo ao substrato; base mais estreita que o coralo. Coralitosgrandes, cilíndricos ou levemente comprimidos; pouco espaçados. Coralitos projetam-se emmédia 5-35 mm acima do cenósteo. Coralitos novos brotam intra e extra-tentacularmentesobre toda colônia. Cálices elíptícos (algumas vezes comprimidos devido a maior brotamento);7,5-12,8 mm de diâmetro. Columela esponjosa; até 3,5 mm de diâmetro; composta detrabéculas delgadas. Columela às vezes ausente. Fossa profunda ou moderadamenteprofunda. Septos dispostos hexameramente em quatro ciclos (ou três ciclos), S1-2> S3> S4.Margens axiais de S1-2 verticais; lobos paliformes próximos à columela, S1-3 com margensaxiais com pequenos recortes nos coralitos maiores. S1 mais largo; um pouco grosso; maislargo que outros septos. S4 rudimentar ou ausente. Costa granular, pouco definida, comfendas intercostais igualmente porosas (Paula & Creed, 2004).Lu g a r d e o r i g e mEsta espécie é originária do Arquipélago de Galápagos, onde era considerada endêmica(Pacífico Oriental) (Wells, 1982; Cairns, 1991; Paula & Creed, 2004).Distribuição g e o g r á f i c aLeste do Oceano Pacífico (Arquipélago de Galápagos) e Sudeste do Oceano Atlântico(Brasil). Esta espécie é reportada como introduzida no litoral brasileiro (Paula & Creed,2004).Ec o l o g i aHa b i t a tTubastraea tagusensis é um coral ahermatípico e azooxantelado que se estabelece e sedesenvolve em substratos consolidados com variadas inclinações e em locais de moderadohidrodinamismo. Na Baía da Ilha Grande (RJ), este gênero se encontra bem estabelecido emcostões rochosos de águas rasas, podendo, às vezes, ficar exposto à dessecação durante amaré-baixa, ocorrendo com maior freqüência de 0,1 a 4,2 m, mas podendo ser encontradoem até 40 m de profundidade (Paula & Creed, 2004).Ambiente Marinho 171

Ab u n d â n c i aNa Baía da Ilha Grande, este gênero possui, com maior freqüência, abundância de4 a 20 colônias.m -2 , podendo ocasionalmente alcançar até 200 colônias.m -2 (Paula, 2002).Em placas artificiais, a densidade de T. tagusensis varia de 202 a 512 colônias.m -2 (Creed &Paula, 2007). Atualmente, T. tagusensis já foi encontrada em 37 pontos diferentes na regiãoda Baía da Ilha Grande (Creed et al., 2008).Co m p o r t a m e n t o /Ec o f i s i o l o g i aDistribuição espacial agregada (Paula, 2002). Esta espécie possui hábito generalistaem relação a seleção de substratos artificiais para fixação (Creed & Paula, 2007).Re p r o d u ç ã o e d i s p e r s ã oReprodução sexuada e assexuada. Plânulas de Tubastraea possuem apenas de 3-14 diasde viabilidade até o assentamento (Harrison & Wallace, 1990). Esta espécie apresenta faseslarvais planctônicas podendo o processo de dispersão natural se dar através de correntes.Di e t a/Mo d o d e n u t r i ç ã oSuspensívoro.Am b i e n t e s p r e f e r e n c i a i s p a r a i n v a s ã oMarinho costeiro. Substratos consolidados naturais e artificiais.Co n d i ç õ e s a m b i e n t a i s n o l o c a l d e o r i g e mNo arquipélago de Galápagos, Tubastraea tagusensis cresce preferencialmente emcavernas e em costões rasos, mas pode também ser encontrado em grandes profundidades(Cairns, 1991).Pr i m e i r o r e g i s t r o n o Br a s i lTi p o d e i n t r o d u ç ã o : Não intencional.Lo c a l : Ilha Grande, sul do estado do Rio de Janeiro.Da t a: 2004.Fo n t e : Paula & Creed, 2004.Me i o s d e d i s p e r s ã o - potenciais e a t u a i sRo t a s d e d i s p e r s ã oPotenciais: Aquariofilia.Atuais: Navegação.Ve t o r e s d e d i s p e r s ã oPotenciais: Aquariofilia; correntes marinhas.Atuais: Incrustação.172Informe sobre as Espécies Exóticas Invasoras Marinhas no Brasil

Instituto terra e Mar registraram a ocorrência <strong>do</strong> gênero Tubastraea em Ilha Bela, litoralnorte de São Paulo (Quinto, 2008). O rápi<strong>do</strong> crescimento de Tubastraea, a rapidez com queseus pólipos se recuperam e suas elevadas taxas de recrutamento em substratos artificiaisforam observadas por Paula (2002) na Baía de Ilha Grande. Além disso, tem si<strong>do</strong> indica<strong>do</strong> opotencial químico de competição <strong>do</strong> gênero (Kor & Sweatman, 2000). Estas característicasindicam o alto poder competitivo da espécie aumentan<strong>do</strong> sua possibilidade de expansão paraoutras regiões <strong>do</strong> litoral brasileiro.Ca r a c t e r í s t i c a s m o r f o l ó g i c a sColônias aproximadamente esféricas, geralmente globulares, convexas, com cenossarcode cor amarela. Coralo branco; plocóide ou facelóide; poroso (perfura<strong>do</strong>). Coralo de até 150mm de diâmetro. Geralmente fixo ao substrato; base mais estreita que o coralo. Coralitosgrandes, cilíndricos ou levemente comprimi<strong>do</strong>s; pouco espaça<strong>do</strong>s. Coralitos projetam-se emmédia 5-35 mm acima <strong>do</strong> cenósteo. Coralitos novos brotam intra e extra-tentacularmentesobre toda colônia. Cálices elíptícos (algumas vezes comprimi<strong>do</strong>s devi<strong>do</strong> a maior brotamento);7,5-12,8 mm de diâmetro. Columela esponjosa; até 3,5 mm de diâmetro; composta detrabéculas delgadas. Columela às vezes ausente. Fossa profunda ou moderadamenteprofunda. Septos dispostos hexameramente em quatro ciclos (ou três ciclos), S1-2> S3> S4.Margens axiais de S1-2 verticais; lobos paliformes próximos à columela, S1-3 com margensaxiais com pequenos recortes nos coralitos maiores. S1 mais largo; um pouco grosso; maislargo que outros septos. S4 rudimentar ou ausente. Costa granular, pouco definida, comfendas intercostais igualmente porosas (Paula & Creed, 2004).Lu g a r d e o r i g e mEsta espécie é originária <strong>do</strong> Arquipélago de Galápagos, onde era considerada endêmica(Pacífico Oriental) (Wells, 1982; Cairns, 1991; Paula & Creed, 2004).Distribuição g e o g r á f i c aLeste <strong>do</strong> Oceano Pacífico (Arquipélago de Galápagos) e Sudeste <strong>do</strong> Oceano Atlântico(Brasil). Esta espécie é reportada como introduzida no litoral brasileiro (Paula & Creed,2004).Ec o l o g i aHa b i t a tTubastraea tagusensis é um coral ahermatípico e azooxantela<strong>do</strong> que se estabelece e sedesenvolve em substratos consolida<strong>do</strong>s com variadas inclinações e em locais de modera<strong>do</strong>hidrodinamismo. Na Baía da Ilha Grande (RJ), este gênero se encontra bem estabeleci<strong>do</strong> emcostões rochosos de águas rasas, poden<strong>do</strong>, às vezes, ficar exposto à dessecação durante amaré-baixa, ocorren<strong>do</strong> com maior freqüência de 0,1 a 4,2 m, mas poden<strong>do</strong> ser encontra<strong>do</strong>em até 40 m de profundidade (Paula & Creed, 2004).<strong>Ambiente</strong> Marinho 171

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