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Visualizar - Ministério do Meio Ambiente

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• Causar significativas perdaseconômicas decorrentes de modificações nainfra-estrutura (por volumosa incrustação emtomadas de água, circuitos de refrigeração,molhes, embarca<strong>do</strong>uros, marinas, bóias,cascos de embarcações e outras superfíciesentremarés ou submersas, entre outrassituações).Alguns destes impactos são muitocomplexos de avaliar, especialmenteaqueles relaciona<strong>do</strong>s com modificaçõesnas interações ecológicas e em processosbiogeoquímicos causa<strong>do</strong>s pelas introduçõesbiológicas, pois estas interferências nãosão prontamente detectáveis pelo “olhar”humano. Ou seja, muitas alteraçõesrelevantes nos processos naturais devi<strong>do</strong>às ações <strong>do</strong>s organismos exóticos podempassar despercebidas por longos anosou até mesmo décadas, até que suainfluência venha a afetar o ecossistema ouas atividades humanas de tal forma que ocontrole ambiental se torna extremamentecomplexo ou mesmo impossível de serimplementa<strong>do</strong> a partir de então.As medidas de prevenção e controledas bioinvasões no ambiente marinhoestão envoltas em controvérsias pelo fatoda maioria <strong>do</strong>s vetores de introduçãode espécies aquáticas estar associa<strong>do</strong> apelo menos uma atividade de destacadaimportância econômica. O transportemarítimo, por exemplo, é responsável por80% da circulação internacional de produtose cerca de 95% de to<strong>do</strong> o comércio exterior<strong>do</strong> Brasil (Silva et al., 2002). Outro tipode conflito de interesse se relaciona àcarcinocultura marinha, que no Brasil temcomo base o cultivo de uma espécie nãonativa,com foco na exportação, geran<strong>do</strong>divisas mas também impactos ambientais.Quaisquer iniciativas de gestão que venhama atingir estas e outras atividades similarestêm que ser pautadas por extensa ecriteriosa avaliação de custo/benefício, ondea valoração das diversas modalidades depassivos (ambientais, sociais, econômicos,culturais) deve ser considerada. Tambémnesta avaliação é necessário incluir ocusto da chamada “pegada ecológica”, quecorresponde aos subsídios, normalmentenão valora<strong>do</strong>s, que o ambiente provê para asustentação da atividade econômica. Esteconceito vem sen<strong>do</strong> aplica<strong>do</strong> como forma deestimar os valores não incluí<strong>do</strong>s nos preçosde venda <strong>do</strong>s produtos, que acabam sen<strong>do</strong>subsidia<strong>do</strong>s por recursos considera<strong>do</strong>sintangíveis (interesses difusos), levan<strong>do</strong> aoadágio popular da privatização <strong>do</strong>s lucros(patrimônio ambiental) com a socialização<strong>do</strong>s prejuízos (passivo ambiental).Esta publicação representa umacontribuição <strong>do</strong> Projeto de Conservaçãoe Utilização Sustentável da DiversidadeBiológica Brasileira - PROBIO/MMA edas instituições parceiras - InstitutoOceanográfico da Universidade de SãoPaulo (IOUSP); Instituto de Biociênciasda Universidade de São Paulo (IBUSP);Instituto de Ciências Biomédicas daUniversidade de São Paulo (ICB-USP);Museu de Zoologia da Universidade de SãoPaulo (MZUSP); Instituto de Biologia daUniversidade Federal <strong>do</strong> Rio de Janeiro (IB-UFRJ); Universidade de Taubaté (UNITAU);Instituto de Estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Mar AlmirantePaulo Moreira (IEAPM) - ao atendimento demetas previstas na CDB e contempla amplapesquisa sobre ocorrência e distribuição dasespécies exóticas marinhas no Brasil. Estetrabalho foi desenvolvi<strong>do</strong> com o objetivoprimário de reunir informações abrangentese relevantes em um livro consolida<strong>do</strong>, defácil consulta, a partir <strong>do</strong> qual poderão serobti<strong>do</strong>s subsídios para a implantação deprogramas de pesquisa, controle e manejofocalizan<strong>do</strong> as espécies exóticas e invasorasmarinhas, em consonância com os maisimportantes esforços científicos e gerenciaisque atualmente vêm sen<strong>do</strong> aplica<strong>do</strong>s pelasnações afetadas pelo problema.14Informe sobre as Espécies Exóticas Invasoras Marinhas no Brasil

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