11.07.2015 Views

Visualizar - Ministério do Meio Ambiente

Visualizar - Ministério do Meio Ambiente

Visualizar - Ministério do Meio Ambiente

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

alguns grupos taxonômicos, um grandenúmero destas espécies “pseu<strong>do</strong>-nativas”permanecem como tal. Um outro casocomum é a descrição de uma espécie emáreas onde ela é introduzida, sen<strong>do</strong> estaespécie, na verdade, proveniente de áreasonde a biota é pobremente conhecida.Algumas espécies introduzidas tambémpodem ser identificadas erroneamentecomo nativas devi<strong>do</strong> a uma resoluçãotaxonômica insuficiente ou porque, apesarde um adequa<strong>do</strong> conhecimento taxonômico,invasões crípticas podem ocorrer,sen<strong>do</strong> somente reveladas por estu<strong>do</strong>sgenéticos. Espécies crípticas são um <strong>do</strong>smaiores desafios no reconhecimento dasbioinvasões.Devi<strong>do</strong> a este desconhecimento,muitas espécies nos inventários das biotastêm si<strong>do</strong> classificadas como criptogênicas.Entre estas espécies encontram-se muitasespécies cosmopolitas que podem ter ti<strong>do</strong>sua dispersão mediada por atividadeshumanas ou naturalmente, assim comotambém podem ser um grupo de espéciesgeneticamente distintas. A construção debancos de da<strong>do</strong>s de espécies introduzidasé uma importante ferramenta para o estu<strong>do</strong><strong>do</strong>s padrões e processos das bioinvasõesmarinhas. Atualmente, estes bancos estãoconcentra<strong>do</strong>s, principalmente, na América<strong>do</strong> Norte, Europa e Austrália.Chapman & Carlton (1994)elaboraram uma série de critérios paraobjetivamente definir se uma espécie énativa, introduzida ou se deve permanecerna categoria de criptogênica. Dois destescritérios são relaciona<strong>do</strong>s ao aparecimentosúbito e a ampliação da distribuição daespécie sen<strong>do</strong> úteis apenas para identificaras introduções recentes, mas não se aplicamàs introduções históricas. Estas necessitam<strong>do</strong> conhecimento de registros fósseis nemsempre disponíveis já que muitas espéciesnão apresentam partes duras preserváveis.Outra condição para a aplicação destescritérios é o conhecimento prévio da biotalocal, o que nem sempre acontece. Umaespécie de molusco bivalve de origemcaribenha, Isognomon bicolor, apresentouum aumento súbito de densidade em váriospontos da costa brasileira a partir da metadeda década de 1990. A inexistência deinventários publica<strong>do</strong>s para várias regiõesda costa e problemas na identificaçãocorreta da espécie (que foi inicialmenteconfundida com outra espécie da mesmafamília já registrada para a nossa costa)fizeram com que esta espécie, atualmenteconsiderada invasora, fosse consideradacriptogênica por algum tempo.Sí n t e s e d o s r e s u l t a d o sForam registradas 40 espécieszoobentônicas introduzidas, sen<strong>do</strong> 21 delasde substrato inconsolida<strong>do</strong> e 19 de substratoconsolida<strong>do</strong>. Quanto à situação populacional,pre<strong>do</strong>minaram as espécies detectadas(52%), seguidas por estabelecidas (33%) einvasoras (15%) (Figura 6.1).52%15%33%InvasorasEstabelecidasDetectadasFigura 6.1: Percentual da situaçãopopulacional das espécies exóticas marinhas<strong>do</strong> zoobentos reportadas para o Brasil.O zoobentos (Tabelas 6.1 e 6.2)contribuiu com mais da metade dasespécies listadas neste trabalho. Doisgrupos taxonômicos se destacaram nestacomunidade biológica, os decápodes(com 12 espécies) e os poliquetas (com 8espécies).<strong>Ambiente</strong> Marinho 147

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!