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Visualizar - Ministério do Meio Ambiente

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giros oceânicos), abrin<strong>do</strong> várias “janelasde oportunidade” para a introdução deespécies.Um <strong>do</strong>s maiores desafios para aspesquisas científicas e para a gestão <strong>do</strong>simpactos de espécies marinhas invasorasé o entendimento de seus processos dedispersão natural e das possíveis interaçõesdestes com aqueles deriva<strong>do</strong>s da atividadehumana. As espécies que conhecemos naatualidade são o resulta<strong>do</strong> de uma longahistória evolutiva. Sua biogeografia só podeser compreendida em sua totalidade sefor contextualizada quanto à distribuiçãopassada e presente. Algumas provínciasbiogeográficas de ambientes terrestres, porexemplo, podem ser associadas à padrõesoriun<strong>do</strong>s da seqüência de eventos de derivacontinental. Entretanto, traçar mecanismospara compreender a biogeografia noambiente oceânico é particularmente difícil,pois as barreiras físicas e ecológicas quedelimitam as regiões de expansão natural deuma espécie marinha são menos marcadasque no ambiente terrestre.A relação da espécie humana com omar é muito antiga, como fonte de alimento,transporte, comércio, conquista de novasfronteiras, lazer e um lugar para o destinofinal de resíduos <strong>do</strong>mésticos e industriais.Todas estas atividades têm o potencialde interferir na biogeografia marinha pormeio <strong>do</strong> transporte de espécies para alémde sua área de expansão natural, crian<strong>do</strong>verdadeiros corre<strong>do</strong>res de dispersão. Valecitar que há mecanismos de expansãonatural de espécies que também podemestar sujeitas à influência de atividadesantrópicas, como indica a dispersão decertas espécies para altas latitudes emfunção <strong>do</strong> aquecimento global.A introdução de uma espécie éfreqüentemente considerada como poluiçãobiológica. Entretanto, é necessária cautelana aplicação deste termo. A utilização <strong>do</strong>termo “poluição biológica” é adequa<strong>do</strong> nocaso de espécies introduzidas apenas emsituações quan<strong>do</strong> o organismo se tornaum invasor, ou seja, quan<strong>do</strong> sua presençae abundância interferem na capacidadede sobrevivência das demais espécies nolocal afeta<strong>do</strong> (Elliott, 2003) ou traz algumdano econômico, ambiental ou para saúdehumana. Além disto, uma mesma espécieexótica pode se tornar prejudicial em algumasáreas e não em outras, normalmente comoresulta<strong>do</strong> de fatores muito difíceis, se nãoimpossíveis, de predizer com confiança apartir da biologia e ecologia <strong>do</strong> organismoem seus limites naturais. Na prática, opotencial de uma espécie introduzida setornar invasora nem sempre é previsível,pois depende de variações ambientais nasáreas de origem e de destino, no padrãode transporte da espécie, ou mesmo deinoculações estocásticas (Carlton, 1996).Para atingir a condição de espécienociva ou invasora, a espécie tem querealizar, pelo menos, uma das seguintesações (Hilliard et al., 1997):• Deslocar espécies nativas viacompetição por espaço, luz ou alimento;• Ser preda<strong>do</strong>ra de espécies nativas ereduzir sua densidade ou biomassa;• Parasitar ou causar <strong>do</strong>ença emespécies localmente importantes (comoespécies cultivadas ou com alto significa<strong>do</strong>ecológico e valor de conservação);• Produzir toxinas que se acumulamna cadeia alimentar, envenenar outrosorganismos, ou causar risco direto à saúdehumana (por exemplo, pela disseminaçãode patógenos ou por acumulação deficotoxinas em moluscos e peixes utiliza<strong>do</strong>sna alimentação humana);<strong>Ambiente</strong> Marinho 13

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