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coletada na Praia da Baleia em São Sebastião (SP) apresentava seqüências idênticas amateriais do Japão e Nova Zelândia identificados como P. suborbiculata. Embora o registroseja recente, a espécie pode ter chegado ao Brasil em data remota, pois a taxonomia destegrupo é muito difícil, sendo plausíveis identificações errôneas no passado. Além disso, P.suborbiculata, por suas dimensões reduzidas, pode ter sido confundida com fases jovens deoutras espécies e também porque há grande sobreposição de habitat entre as espécies destegênero no Brasil. Mais recentemente, material coletado em Arraial do Cabo e identificado porY. Yoneshigue-Valentin em 1985 como sendo P. pujalsii mostrou ter sequência idêntica a deP. suborbiculata (Milstein & Oliveira, 2005), o que corrobora nossa suposição.Ca r a c t e r í s t i c a s m o r f o l ó g i c a sTalo folhoso, muito delicado, de cor marrom-avermelhada, brilhante e com texturaescorregadia. Frondes reniformes, arredondadas, com 1 a 2 cm, isoladas ou em grupospequenos, monostromáticas, com cerca de 20 µm de espessura (lume das células com 12 µmde altura). Apresentam um único cloroplasto estrelado por célula. Em vista frontal as célulassão retangulares, medindo cerca de 15 por 8 µm. As bordas da fronde são íntegras, semondulações, com células bem ordenadas e dentes marginais freqüentes, formados por, umasó célula que freqüentemente se decompõe, restando apenas sua parede. Arqueosporangios(monosporângios) localizados marginalmente, podendo germinar in situ. Espermatângiosem geral marginais, em duas camadas de 4, formando grupos com 15 µm de diâmetro,distribuídos em manchas, misturados a células estéreis e a células grandes e arredondadasque se assemelham a carpogônios não fecundados ou a zigotos não divididos.Lu g a r d e o r i g e mSua área de origem é provavelmente o Japão, embora a espécie hoje seja encontradaem várias partes do mundo, muitas vezes registrada com outros nomes.Distribuição g e o g r á f i c aJapão, China, Sri Lanka, Nova Zelândia, Austrália, nordeste do México e EstadosUnidos (Broom et al., 2002). É possível que, à semelhança do que ocorreu no Brasil, onde aespécie foi confundida com P. pujalsii, as referências desta espécie para o Uruguai tambémcorrespondam a esta espécie; entretanto, não há dados no momento para colocar P. pujalsiina sinonímia de P. suborbiculata.Ec o l o g i aHa b i t a tCresce sobre rochas do mesolitoral em área batidas pelas ondas. A fase gametofítica,que é macroscópica, aparece no inverno e início da primavera em São Paulo. Na região deCabo Frio ocorre no verão, época da ressurgência de águas frias. A fase filamentosa não foiestudada.Ab u n d â n c i aNos locais em que ocorre pode colonizar densamente algumas rochas do mesolitoral.Ambiente Marinho 131
Co m p o r t a m e n t o /Ec o f i s i o l o g i aA fase foliácea cresce em costões rochosos, na zona das marés, formando manchaspequenas, mas densas, em épocas de águas frias. Ocupa geralmente uma região habitadatambém por outras espécies de Porphyra. Não cresce em locais com muito sedimento e águasalobra. Não há informações sobre a fase filamentosa.Re p r o d u ç ã o e d i s p e r s ã oA fase foliácea é encontrada fértil no final do inverno e início da primavera,reproduzindo-se pela liberação de arqueósporos e carpósporos, sendo que estes últimosnão foram encontrados no material coletado em Cabo Frio. Não há informações sobre a fasefilamentosa.Di e t a/Mo d o d e n u t r i ç ã oFotoautotrófica.Am b i e n t e s p r e f e r e n c i a i s p a r a i n v a s ã oFaixa do mesolitoral em costão rochoso, para a fase foliácea. Não há dados sobre afase filamentosa.Co n d i ç õ e s a m b i e n t a i s n o l o c a l d e o r i g e mCostões rochosos em águas temperadas quentes (subtropicais).Pr i m e i r o r e g i s t r o n o Br a s i lTi p o d e i n t r o d u ç ã o : desconhecido.Lo c a l : Arraial do Cabo (RJ).Da t a: 1985 por Y. Yoneshigue-Valentin, quem identificou a espécie como sendoPorphyra pujalsii. A identificação correta só foi feita recentemente por Milstein e Oliveira(2005) com base em seqüenciamento genético. Fonte: Milstein & Oliveira (2005).Me i o s d e d i s p e r s ã o - potenciais o u a t u a i sRo t a d e d i s p e r s ã oPotenciais: Tráfego de embarcações vindas do Japão, China e Nova Zelândia;aqüicultura (p. e. Crassostrea gigas) e transporte marítimo.Atuais: Sem comprovação.Ve t o r d e d i s p e r s ã oPotenciais: Incrustação em cascos de navios/objetos flutuantes, sobre organismoscom concha calcária quando em fase filamentosa (Conchocelis) e AqüiculturaAtuais: Sem comprovação.132Informe sobre as Espécies Exóticas Invasoras Marinhas no Brasil
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coletada na Praia da Baleia em São Sebastião (SP) apresentava seqüências idênticas amateriais <strong>do</strong> Japão e Nova Zelândia identifica<strong>do</strong>s como P. suborbiculata. Embora o registroseja recente, a espécie pode ter chega<strong>do</strong> ao Brasil em data remota, pois a taxonomia destegrupo é muito difícil, sen<strong>do</strong> plausíveis identificações errôneas no passa<strong>do</strong>. Além disso, P.suborbiculata, por suas dimensões reduzidas, pode ter si<strong>do</strong> confundida com fases jovens deoutras espécies e também porque há grande sobreposição de habitat entre as espécies destegênero no Brasil. Mais recentemente, material coleta<strong>do</strong> em Arraial <strong>do</strong> Cabo e identifica<strong>do</strong> porY. Yoneshigue-Valentin em 1985 como sen<strong>do</strong> P. pujalsii mostrou ter sequência idêntica a deP. suborbiculata (Milstein & Oliveira, 2005), o que corrobora nossa suposição.Ca r a c t e r í s t i c a s m o r f o l ó g i c a sTalo folhoso, muito delica<strong>do</strong>, de cor marrom-avermelhada, brilhante e com texturaescorregadia. Frondes reniformes, arre<strong>do</strong>ndadas, com 1 a 2 cm, isoladas ou em grupospequenos, monostromáticas, com cerca de 20 µm de espessura (lume das células com 12 µmde altura). Apresentam um único cloroplasto estrela<strong>do</strong> por célula. Em vista frontal as célulassão retangulares, medin<strong>do</strong> cerca de 15 por 8 µm. As bordas da fronde são íntegras, semondulações, com células bem ordenadas e dentes marginais freqüentes, forma<strong>do</strong>s por, umasó célula que freqüentemente se decompõe, restan<strong>do</strong> apenas sua parede. Arqueosporangios(monosporângios) localiza<strong>do</strong>s marginalmente, poden<strong>do</strong> germinar in situ. Espermatângiosem geral marginais, em duas camadas de 4, forman<strong>do</strong> grupos com 15 µm de diâmetro,distribuí<strong>do</strong>s em manchas, mistura<strong>do</strong>s a células estéreis e a células grandes e arre<strong>do</strong>ndadasque se assemelham a carpogônios não fecunda<strong>do</strong>s ou a zigotos não dividi<strong>do</strong>s.Lu g a r d e o r i g e mSua área de origem é provavelmente o Japão, embora a espécie hoje seja encontradaem várias partes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, muitas vezes registrada com outros nomes.Distribuição g e o g r á f i c aJapão, China, Sri Lanka, Nova Zelândia, Austrália, nordeste <strong>do</strong> México e Esta<strong>do</strong>sUni<strong>do</strong>s (Broom et al., 2002). É possível que, à semelhança <strong>do</strong> que ocorreu no Brasil, onde aespécie foi confundida com P. pujalsii, as referências desta espécie para o Uruguai tambémcorrespondam a esta espécie; entretanto, não há da<strong>do</strong>s no momento para colocar P. pujalsiina sinonímia de P. suborbiculata.Ec o l o g i aHa b i t a tCresce sobre rochas <strong>do</strong> mesolitoral em área batidas pelas ondas. A fase gametofítica,que é macroscópica, aparece no inverno e início da primavera em São Paulo. Na região deCabo Frio ocorre no verão, época da ressurgência de águas frias. A fase filamentosa não foiestudada.Ab u n d â n c i aNos locais em que ocorre pode colonizar densamente algumas rochas <strong>do</strong> mesolitoral.<strong>Ambiente</strong> Marinho 131