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Visualizar - Ministério do Meio Ambiente

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de coral, sen<strong>do</strong> porém sua expansão controlada tanto por preda<strong>do</strong>res quanto por coletoresde algas locais (Ask et al., 2003). O episódio mais recente de problema ecológico causa<strong>do</strong>pela introdução desta espécie, que foi inclusive relata<strong>do</strong> na grande mídia internacional, foi naÍndia, em cultivos financia<strong>do</strong>s pelo grupo PepsiCo (Bagla, 2008; Chandrasekaran et al., 2008).O assunto é polêmico e tem si<strong>do</strong> motivo de debates apaixona<strong>do</strong>s em congressos científicoslocais e internacionais e na internet, dada a importância econômica desta espécie.No Brasil, decorri<strong>do</strong>s dez anos de sua introdução na região de Ubatuba, a espécie nãoconseguiu se estabelecer na natureza de forma autônoma (Oliveira & Paula, 2003; Paula,2001), o que não significa que medidas de precaução não devam ser tomadas, seja paraintroduções dentro das novas áreas autorizadas pelo IBAMA para cultivo, seja para foradelas.Ec o n ô m i c o sIntroduzida unicamente para cultivo e produção de carragenana kappa, a algamovimenta grandes quantias de dinheiro pelo mun<strong>do</strong>. No Brasil sua produção ainda é baixa,porém com grande potencial.Na s a ú d eA alga é comestível e nenhum efeito sobre a saúde foi detecta<strong>do</strong> até agora, emboraexistam trabalhos indican<strong>do</strong> problemas com o consumo de carragenanas de baixo pesomolecular em alimentos industrializa<strong>do</strong>s (Tobacman, 2005).Sociais e c u l t u r a i sOs impactos sociais <strong>do</strong> cultivo desta alga são muito significativos, proven<strong>do</strong> sustentopara mais de 50.000 famílias nas Filipinas e In<strong>do</strong>nésia e trazen<strong>do</strong> divisas para estes países sejaatravés da exportação da matéria-prima ou <strong>do</strong> seu processamento in loco para produção decarragenana (Ask et al., 2003). Outro impacto econômico e social altamente significativo foisua introdução na Tanzânia continental e na ilha de Unguja (Zanzibar), onde é praticamentea única atividade remunerada à que as mulheres têm acesso, e que resulta na exportaçãode mais de 30.000 toneladas secas. Além <strong>do</strong> benefício econômico direto <strong>do</strong>s cultivos elesdiminuem a pressão das populações locais sobre os ecossistemas marinhos (Oliveira etal., 2005). No Brasil, espera-se que, futuramente, cultivos legaliza<strong>do</strong>s e acompanha<strong>do</strong>stecnicamente forneçam renda alternativa para famílias que habitam áreas costeiras.An á l i s e d e r i s c o d a i n t r o d u ç ã oA dispersão antrópica desta alga para várias localidades em várias partes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>segue ativa, visto seu grande potencial econômico para extração de carragenana e odeclínio da produção nas Filipinas. No Brasil a alga deve conquistar mais interessa<strong>do</strong>s emseu cultivo, já que há indústrias de processamento de carragenana no país e fazendasmarinhas implantadas. Estes fatos reforçam a necessidade de séria supervisão pelos órgãoscompetentes para certificação de que novos cultivos sejam feitos de forma não-prejudicialaos ecossistemas costeiros (Oliveira, 2005a, 2005b; Oliveira et al., 2002).128Informe sobre as Espécies Exóticas Invasoras Marinhas no Brasil

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