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Visualizar - Ministério do Meio Ambiente

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Ca p í t u lo 1Ru b e n s M. Lo p e s 1Ma r i a Cé l i a Villac 2Ya r a Sc h a e f f e r-Novelli 1In t r o d u ç ã oCom a crescente globalização eo conseqüente aumento <strong>do</strong> comérciointernacional, espécies aquáticas eterrestres tem si<strong>do</strong> transferidas acidentalou deliberadamente para áreas fora desua distribuição geográfica natural ondepodem encontrar condições ambientaisadequadas à sua sobrevivência, tornan<strong>do</strong>semais eficientes que as espécies nativasno uso <strong>do</strong>s recursos. As espécies exóticasinvasoras contribuíram, desde o ano 1600,com 39% das extinções de animais cujascausas são conhecidas. Mais de 120 milespécies exóticas de plantas, animais emicroorganismos já invadiram os Esta<strong>do</strong>sUni<strong>do</strong>s da América, Reino Uni<strong>do</strong>, Austrália,Índia, África <strong>do</strong> Sul e Brasil. O Secretaria<strong>do</strong>da Convenção sobre Diversidade Biológica(CDB) alerta para os custos da prevenção,controle e erradicação de espécies exóticasinvasoras e conclui que os danos para omeio ambiente e para a economia sãosignificativos (UNEP/CDB, 2004). Nospaíses acima lista<strong>do</strong>s, as perdas econômicasanuais, decorrentes da introdução de pragasnas culturas, pastagens e nas áreas deflorestas atingem cifras que se aproximam<strong>do</strong>s 250 bilhões de dólares. Já os cálculossobre as perdas ambientais anuais relativasà introdução de pragas nesses mesmospaíses indicam que o montante ultrapassaos 100 bilhões de dólares. O custo per capitarelaciona<strong>do</strong> às perdas que ocorrem em razãodas invasões biológicas nessas mesmas seisnações foi estima<strong>do</strong> em, aproximadamente,240 dólares anuais. Extrapolan<strong>do</strong> estasestimativas para o âmbito mundial, essesdanos superariam 1,4 trilhões de dólaresao ano (Pimentel, 2002), ou seja, cerca de2% da economia mundial, consideran<strong>do</strong> osnúmeros de 2006 (World Bank, 2008).Estu<strong>do</strong>s e iniciativas de gestão <strong>do</strong>simpactos da introdução de espécies exóticasno Brasil têm si<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong>s desde o início<strong>do</strong> século vinte, porém por longas décadaso foco primário destas ações recaiu sobreos organismos de importância comercial efitossanitária para a agricultura. Do mesmomo<strong>do</strong> como ocorreu para o ambienteterrestre, nos sistemas aquáticos brasileirosmuitas espécies foram introduzidas desde oinício da ocupação territorial européia, tantointencionalmente - para fins comerciaise ornamentais - quanto de forma nãointencional. Apesar disto, o interesse dasociedade sobre o tema veio despertarapenas nas últimas duas décadas, a partirda detecção de impactos ambientaise socioeconômicos mais significativoscausa<strong>do</strong>s pelas espécies aquáticas nãonativas. Nas décadas de 1970-80, osesforços da comunidade científica nacionale <strong>do</strong>s gestores <strong>do</strong> problema em nívelgovernamental recaíram principalmentesobre as espécies exóticas de água <strong>do</strong>ce;em anos mais recentes, porém, estapreocupação foi estendida amplamentepara o ambiente marinho.1Instituto Oceanográfico/Universidade de São Paulo - IO-USP2Universidade de Taubaté - UNITAU<strong>Ambiente</strong> Marinho 11

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