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Visualizar - Ministério do Meio Ambiente

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as autoras citadas não tenham reconheci<strong>do</strong> o táxon como uma variedade, com base nadescrição que fornecem e no exame de duplicata depositada no Herbário SPF (Instituto deBiociências da Universidade de São Paulo) consideramos o material como C. scalpelliformisvar. denticulata. Segun<strong>do</strong> Falcão & Széchy (2005), desde seu aparecimento esta alga vemaumentan<strong>do</strong> rapidamente sua área de distribuição, chegan<strong>do</strong> a deslocar nos costões rochososa espécie que antes era <strong>do</strong>minante na região, Sargassum vulgare, além de influenciar aabundância de outras espécies, inclusive em substrato não consolida<strong>do</strong>. Justamente devi<strong>do</strong> àsua propagação rápida e persistente na região pode se tratar da primeira espécie a merecera classificação de alga invasora no Brasil. O tráfego de embarcações seria um possível vetorda introdução dessa alga na região, dada a presença <strong>do</strong> terminal petroleiro da Baía de IlhaGrande e <strong>do</strong> estaleiro da Verolme. Vetores alternativos seriam a aqüicultura de moluscos ea aquariofilia, neste último caso devi<strong>do</strong> à beleza estética desta alga, que se adapta muitobem em aquários.Ca r a c t e r í s t i c a s m o r f o l ó g i c a sTalo com uma porção rizomatosa com cerca de 1 a 2 mm de diâmetro de onde saemtufos de rizóides no la<strong>do</strong> volta<strong>do</strong> para o substrato. Do la<strong>do</strong> superior <strong>do</strong> rizoma partem ramoseretos que logo se achatam, com 8 a 10 mm de largura e cerca de 7 cm de altura, parcialmentedisseca<strong>do</strong>s por pinas curvadas para cima, que não chegam a formar um eixo central; naporção basal desses ramos eretos ocorre um eixo estreito que simula um estipe e que seprende ao rizoma. As primeiras pinas são menores e aumentam de tamanho em direção àparte superior, manten<strong>do</strong> a mesma largura até o ápice. Dentículos marginais ocorrem naface externa superior das pinas, caracterizan<strong>do</strong> a variedade denticulata.Lu g a r d e o r i g e mComo esta alga tem ampla distribuição em águas tropicais e sub-tropicais em to<strong>do</strong> omun<strong>do</strong> ela poderia ser, inicialmente, oriunda de diversas localidades <strong>do</strong> Índico e <strong>do</strong> Pacífico.No caso da introdução reportada aqui a origem mais provável seria de pontos ao norte <strong>do</strong>Rio de Janeiro onde a espécies está presente.Distribuição g e o g r á f i c aA espécie tem si<strong>do</strong> reportada para vários locais tais como Mar Vermelho, OceanoÍndico, Japão, Austrália e Mar Mediterrâneo (Guiry & Guiry, 2008). No Brasil a espécie temocorrência natural esparsa desde o Piauí até a Bahia (Oliveira, 1977) e Espírito Santo (Mitchellet al., 1990).Ec o l o g i aHa b i t a tInfralitoral, em substrato consolida<strong>do</strong> (costão rochoso ou recifes de arenito ou coral)ou inconsolida<strong>do</strong> (areno-lo<strong>do</strong>so).112Informe sobre as Espécies Exóticas Invasoras Marinhas no Brasil

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