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Íntegra do relatório final da CPI do Tráfico de Armas

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97mas e ao conflito <strong>de</strong> idéias, era intuito <strong>da</strong> <strong>CPI</strong>, ao propor o tema "bloqueio <strong>de</strong>celulares", chegar a conclusões sobre quais medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong>veriam ser toma<strong>da</strong>s emcurto, médio e longo prazos. Ain<strong>da</strong> que houvesse discussões sobre a viabili<strong>da</strong><strong>de</strong>ou não <strong>do</strong> bloqueio <strong>de</strong> celulares, existia um consenso <strong>de</strong> que ações enérgicas<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>veriam ser toma<strong>da</strong>s para coibir ao máximo a utilização <strong>de</strong> e-quipamentos <strong>de</strong> comunicação em presídios. Restava, portanto, discutir <strong>de</strong> maneiramais ampla e aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong> quais ações <strong>de</strong>veriam ser toma<strong>da</strong>s para tantoe se o bloqueio <strong>de</strong> celulares era <strong>de</strong> fato uma <strong>da</strong>s políticas a serem a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong>s.Devi<strong>do</strong> às muitas dúvi<strong>da</strong>s que ain<strong>da</strong> restaram após a realização <strong>da</strong> audiênciapública, a presidência <strong>da</strong> <strong>CPI</strong> nomeou uma sub-relatoria responsávelpor discutir a questão "comunicações nos presídios". Foi <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> relator oDeputa<strong>do</strong> Júlio Semeghini, e como membros os Deputa<strong>do</strong>s Arnal<strong>do</strong> Faria <strong>de</strong>Sá, Carlos Sampaio, Alberto Fraga e Coronel Alves. No âmbito <strong>de</strong>ssa subrelatoria,foi cria<strong>do</strong> na mesma ocasião um Grupo <strong>de</strong> Trabalho para discutir especificamenteas técnicas para o bloqueio <strong>de</strong> comunicações em presídios. Ogrupo foi forma<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s os integrantes <strong>da</strong> sub-relatoria <strong>de</strong> comunicaçõesnos presídios, além <strong>de</strong> representantes <strong>da</strong>s opera<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> celular, <strong>da</strong> AgênciaNacional <strong>de</strong> Telecomunicações (Anatel), <strong>do</strong> Centro <strong>de</strong> Pesquisa e Desenvolvimentoem Telecomunicações (CPqD), integrantes <strong>de</strong> Secretarias <strong>de</strong> SegurançaPública pesquisa<strong>do</strong>res, contan<strong>do</strong> ain<strong>da</strong> com o apoio <strong>da</strong> Consultoria Legislativa<strong>da</strong> Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s.Note-se que <strong>do</strong> projeto inicial "bloqueio <strong>de</strong> celulares", avançou-se paraalgo mais amplo - "controle <strong>da</strong>s comunicações e seu bloqueio". Esse segun<strong>do</strong>tema foi escolhi<strong>do</strong> como o eixo a guiar as discussões <strong>do</strong> Grupo <strong>de</strong> Trabalho,que <strong>de</strong>veria discutir as diferentes técnicas e soluções que po<strong>de</strong>riam ser aplica<strong>da</strong>spara o alcance <strong>de</strong>sse fim. É ver<strong>da</strong><strong>de</strong> que não se po<strong>de</strong> negar que a tecnologiacelular é a mais utiliza<strong>da</strong> para a realização <strong>de</strong> comunicações em presídio,e esse foi o tema principal <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as discussões <strong>do</strong> grupo. No entanto <strong>de</strong>vemosressaltar que justamente esta tecnologia permite a ação <strong>do</strong>s serviços <strong>de</strong>inteligência <strong>da</strong>s Secretarias <strong>de</strong> Segurança através <strong>de</strong> monitoramento e escuta.Somente em 2005 foram atendi<strong>da</strong>s mais <strong>de</strong> 1.200.000 solicitações <strong>de</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong>sque permitiram a atuação <strong>de</strong>stas no combate ao crime organiza<strong>do</strong>. Mas háque se ter em mente que ela é apenas uma <strong>de</strong>ntre diversas outras formas quepo<strong>de</strong>m ser utiliza<strong>da</strong>s por presidiários para se comunicarem com o exterior <strong>de</strong>estabelecimentos prisionais. E mesmo quan<strong>do</strong> falamos exclusivamente sobrecelulares, na ver<strong>da</strong><strong>de</strong> não existe uma, e sim várias tecnologias, o que já exigiriapor si só uma visão, <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista tecnológica, bem mais abrangente.

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