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Íntegra do relatório final da CPI do Tráfico de Armas

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74Para combater o tráfico internacional <strong>de</strong> armas, a convergência <strong>da</strong>s leis<strong>de</strong> controle <strong>da</strong>s armas entre os países <strong>da</strong> América Latina é fun<strong>da</strong>mental, Dreyfusaponta alguns <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>res comuns:- punir e tipificar o comércio, a produção e o tráfico ilícito;- estabelecer pontos <strong>de</strong> contato e mecanismos <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> informaçõesentre os países."A harmonização <strong>da</strong>s leis é importante para não atrapalhar o livre comércionuma região que está se integran<strong>do</strong> economicamente. Fechar as fronteirasé contraproducente" .Os países mais integra<strong>do</strong>s nesse senti<strong>do</strong> são Brasil, Argentina e Chile,que têm as leis <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> armas mais restritivas, porém outras nações estão<strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> leis inspira<strong>da</strong>s no Estatuto <strong>do</strong> Desarmamento brasileiro,como o Uruguai, disse que "a tendência é que se o estatuto funcionar bem noBrasil, o país se converta em lí<strong>de</strong>r <strong>da</strong> região no controle <strong>de</strong> armas".Outro problema que é nota<strong>do</strong> é que não existe a tradição na América Latina<strong>de</strong> <strong>de</strong>struição <strong>do</strong>s exce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> armas <strong>da</strong>s Forças Arma<strong>da</strong>s e policiais,isso faz com que armas e munições acabem nas mãos <strong>do</strong>s criminosos. Provadisso é que <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> investigar por mais <strong>de</strong> um ano o <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> armas <strong>do</strong>squartéis militares <strong>do</strong> Rio, o Ministério Público Militar elaborou um relatório em2004, propon<strong>do</strong> mais rigor <strong>da</strong>s Forças Arma<strong>da</strong>s na questão <strong>do</strong> envolvimento <strong>de</strong>militares nesses casos.No ano <strong>de</strong> 2001, a organização brasileira Viva Rio e a organização ArgentinaEspacios (Men<strong>do</strong>za) alertaram sobre a utilização, pelo crime organiza<strong>do</strong><strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro, <strong>de</strong> armas militares argentinas e <strong>de</strong> outros países fronteiriços.Foram feitos pedi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> investigação sobre o abastecimento <strong>de</strong> armas aorganizações <strong>do</strong> narcotráfico em São Paulo e Rio <strong>de</strong> Janeiro. Nos últimos trêsanos, foram contraban<strong>de</strong>a<strong>da</strong>s para o Brasil, conforme notícia veicula<strong>da</strong> no jornalEsta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo, pelo menos 11 mil armas <strong>de</strong> uso militar - fuzis, metralha<strong>do</strong>ras,pistolas, grana<strong>da</strong>s e, principalmente, munições diversas. Essa informaçãoconsta <strong>de</strong> relatórios compartilha<strong>do</strong>s entre os serviços <strong>de</strong> inteligência <strong>do</strong>Brasil, Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e Argentina. Des<strong>de</strong> 1990 foram abertos cerca <strong>de</strong> 7 milprocessos <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s a apurar a entra<strong>da</strong>, o comércio e o porte irregular <strong>de</strong> armasespeciais. Essa informação foi passa<strong>da</strong> pelo ex-oficial <strong>da</strong> Gen<strong>da</strong>rmeria <strong>de</strong>

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