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Íntegra do relatório final da CPI do Tráfico de Armas

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56<strong>da</strong> e <strong>do</strong> Suriname. A China através <strong>do</strong> Panamá e <strong>do</strong> Paraguai. Um exemplo <strong>do</strong>comércio ilegal <strong>de</strong> armas e munições é o Paraguai. As forças arma<strong>da</strong>s paraguaiasque somam um efetivo <strong>de</strong> 12.500, em 2004, pela estimativa <strong>da</strong> PF <strong>do</strong>Brasil foram vendi<strong>da</strong>s naquele país 90 mil armas, muitas <strong>de</strong>las <strong>de</strong> uso exclusivomilitar. As munições vendi<strong>da</strong>s chegaram também ao número <strong>de</strong> 38 milhões<strong>de</strong> cartuchos. Esse comércio beneficiou meia dúzia <strong>de</strong> comerciantes em PedroJuan Caballero e outra meia dúzia em Ciu<strong>da</strong>d <strong>de</strong>l Este, que nem paraguaiossão. Esse comércio <strong>de</strong> armas e munições é nefan<strong>do</strong>, pois para ser vendi<strong>do</strong> noParaguai passou por nosso país.Temos também muitos <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> munição <strong>de</strong> instituições policiais e <strong>da</strong>sforças arma<strong>da</strong>s.Na maior parte <strong>da</strong>s vezes a moe<strong>da</strong> <strong>de</strong> troca, a moe<strong>da</strong> <strong>de</strong> pagamento é acocaína.IV - Conexão tráfico <strong>de</strong> armas e munições com o tráfico <strong>de</strong> drogas. conexãoSuriname/BrasilQuan<strong>do</strong> <strong>da</strong> realização <strong>da</strong> <strong>CPI</strong> <strong>do</strong> Narcotráfico, diligência realiza<strong>da</strong> no dia05/05/2000 no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Amapá, em <strong>de</strong>poimento sigiloso, foi constata<strong>da</strong> a e-xistência <strong>de</strong> uma conexão que interligava os Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Pará e <strong>do</strong> Amapá como Suriname. Nessa diligência, foi verifica<strong>do</strong> que brasileiros <strong>do</strong> Amapá atuavamno tráfico <strong>de</strong> drogas, armas e munição. Entre 1997 e 1998, foi presencia<strong>da</strong> umaOperação que trazia droga <strong>de</strong> Porto Velho/RO para o Amapá e que havia umgrupo <strong>de</strong> traficantes organiza<strong>do</strong> por um <strong>de</strong>puta<strong>do</strong> brasileiro. Sempre essas O-perações <strong>de</strong> tráfico eram realiza<strong>da</strong>s através <strong>de</strong> aeronaves que faziam o transporte<strong>da</strong> droga. Nessa Operação fazia parte também, um verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Amapá eum advoga<strong>do</strong> que esteve atuan<strong>do</strong> também no Pará, Amapá e Rondônia. O esquemaSuriname também envolvia Pará e Amapá. Os traficantes <strong>de</strong>stes Esta<strong>do</strong>straficavam através <strong>da</strong> Goiana e <strong>do</strong> Suriname. A droga entrava no Amapá,principalmente por barco ou avião, O contrabandista conheci<strong>do</strong> por “Bahia”,também <strong>de</strong>ste grupo, tinha ligação com um surinamês chama<strong>do</strong> Mungra, cujopai era oficial <strong>de</strong> justiça no Suriname. Esse grupo além <strong>de</strong> mexer com tráfico <strong>de</strong>drogas, também fazia contraban<strong>do</strong> <strong>de</strong> cigarros e armas. Foi <strong>de</strong>tecta<strong>da</strong> nessadiligência a existência <strong>de</strong> muitos brasileiros no Suriname que coman<strong>da</strong>vam tráfico<strong>de</strong> drogas e recrutavam pequenos traficantes no território brasileiro. A maiorparte <strong>da</strong> droga que entrava no Amapá vinha <strong>de</strong> Santarém/PA, geralmentesai <strong>da</strong> Bolívia. O <strong>de</strong>puta<strong>do</strong> Jorge Salomão, coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> traficantes

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