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Íntegra do relatório final da CPI do Tráfico de Armas

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52contraban<strong>de</strong>a<strong>da</strong>s. Que não se surpreen<strong>de</strong> com o citação <strong>de</strong> <strong>de</strong>poimento <strong>de</strong> umtraficante ouvi<strong>do</strong> na <strong>CPI</strong> (“Marquinho Niterói”), que encomen<strong>do</strong>u 400 fuzis AK-47 no Suriname. Esclarece que as quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogo em po<strong>de</strong>r <strong>da</strong>população, constantes <strong>de</strong> seu trabalho, são estimativas feitas a partir <strong>de</strong>informações <strong>de</strong> <strong>do</strong>mínio público. Afirma que esteve em Vila Montevi<strong>de</strong>o, naBolívia, junto à ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Pláci<strong>do</strong> <strong>de</strong> Castro, no Acre, e verificou que ali asarmas são comercializa<strong>da</strong>s livremente, inclusive por ex-agentes <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Afiscalização é tênue porque a fronteira é extensa e <strong>de</strong>spovoa<strong>da</strong>. Que na regiãonorte, as ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Belém, Marabá e Abaitetuba centralizam o roubo <strong>de</strong>armas <strong>de</strong> fogo, posteriormente troca<strong>da</strong>s por drogas na fronteira. Quepermanece ain<strong>da</strong> hoje a situação total ausência <strong>de</strong> controle aduaneiro que<strong>de</strong>screveu nas ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s gêmeas <strong>de</strong> Tabatinga (Acre) e Letícia (Colômbia). Coma recente legislação que autoriza o Exército a realizar ações policiais na faixa<strong>de</strong> fronteira (Lei Complementar n.º 117/2004), com a regulamentação <strong>da</strong> lei <strong>do</strong>abate e a com a entra<strong>da</strong> em operação <strong>do</strong> Sistema <strong>de</strong> Vigilância <strong>da</strong> Amazônia(SIVAM), há melhores expectativas <strong>de</strong> fiscalização <strong>do</strong> tráfico <strong>de</strong> armas nafronteira norte.Resumi<strong>da</strong>mente, o <strong>de</strong>poimento leva a concluir que: (1) a situação <strong>de</strong><strong>de</strong>scalabro <strong>da</strong> fiscalização <strong>de</strong> armas e <strong>de</strong> munições permanecem hoje asmesmas que as <strong>de</strong>scritas pelo Cel Diógenes em 2001; (2) as maiores vulnerabili<strong>da</strong><strong>de</strong>sestariam na fronteira sul, com o Uruguai e Argentina, na fronteira oeste,como o Paraguai e Bolívia, na fronteira norte, com a Colômbia e o Suriname,no aeroporto Tom Jobim, no Rio <strong>de</strong> Janeiro, e nos portos marítimos; (3) aentra<strong>da</strong> em vigor <strong>do</strong> Estatuto <strong>do</strong> Desarmamento contribuiu apenas para reduziras vulnerabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, mas a maioria <strong>de</strong>las ain<strong>da</strong> permanece em razão, principalmente,<strong>da</strong> falta <strong>de</strong> capacitação técnica <strong>do</strong>s funcionários encarrega<strong>do</strong>s <strong>da</strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> fiscalização, <strong>da</strong> falta <strong>de</strong> eficiência <strong>da</strong>s rotinas burocráticas em vigor,e <strong>da</strong> falta <strong>de</strong> entrosamento entre os órgãos competentes para fiscalizararmas e munições; (4) a rotina <strong>de</strong> procedimentos burocráticos <strong>do</strong> Coman<strong>do</strong> <strong>do</strong>Exército são particularmente ineficientes, porque se fun<strong>da</strong>mentam basicamenteem registros impressos, que po<strong>de</strong>m ser facilmente frau<strong>da</strong><strong>do</strong>s.6.2. POLICIAIS E INDICIADOS6.2.1. Depoente ELIANA APARECIDA COVOLO, na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> testemunha,ouvi<strong>da</strong> em 26/04/2005

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