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Íntegra do relatório final da CPI do Tráfico de Armas

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45mais confiáveis <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> armas em po<strong>de</strong>r <strong>da</strong> população, distinguin<strong>do</strong>as legais e as ilegais, as <strong>de</strong> fabricação nacional e estrangeira; (2) Embora ototal <strong>de</strong> 17,4 milhões armas em circulação ultrapasse a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> conheci<strong>da</strong><strong>da</strong>s instituições públicas encarrega<strong>da</strong>s <strong>do</strong> seu controle, a estimativa <strong>de</strong> quatromilhões <strong>de</strong> armas nas mãos <strong>da</strong> criminali<strong>da</strong><strong>de</strong> dá uma idéia <strong>da</strong> extensão <strong>do</strong> <strong>de</strong>safioa ser enfrenta<strong>do</strong> pelas políticas e instituições <strong>de</strong> segurança pública; (3) Émuito valiosa a constatação concreta, a partir <strong>de</strong> fatos, <strong>da</strong> origem nacional <strong>de</strong>80% <strong>da</strong>s armas apreendi<strong>da</strong>s nas mãos <strong>da</strong> criminali<strong>da</strong><strong>de</strong>, pois aponta as fábricasnacionais <strong>de</strong> armas e munições como um primeiro caminho para a atuaçãoeficaz <strong>de</strong> políticas e instituições quanto a medi<strong>da</strong>s preventivas e repressivas aotráfico <strong>de</strong> armas; (4) As indicações <strong>de</strong> que a fiscalização e o controle <strong>de</strong> armas,<strong>de</strong> munições e <strong>de</strong> explosivos carece <strong>de</strong> méto<strong>do</strong>s e procedimentos eficazes recomen<strong>da</strong>o aperfeiçoamento <strong>da</strong> legislação vigente, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> torná-la maiseficiente; (5) A vulnerabili<strong>da</strong><strong>de</strong> aponta<strong>da</strong> nos acervos institucionais e pessoais<strong>de</strong> coleciona<strong>do</strong>res, atira<strong>do</strong>res, clubes <strong>de</strong> tiro, empresas <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> priva<strong>da</strong>e integrantes <strong>da</strong>s Forças Arma<strong>da</strong>s e Policiais merece ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>, tantono senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> se limitarem abusos e prerrogativas <strong>de</strong>snecessárias, quanto nosenti<strong>do</strong> <strong>de</strong> focalizar as atenções <strong>do</strong>s órgãos <strong>de</strong> fiscalização nas fontes possíveis<strong>de</strong> <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> armas para a criminali<strong>da</strong><strong>de</strong>; (6) A indicação <strong>de</strong> que as rotasinternas <strong>do</strong> tráfico <strong>de</strong> armas contraban<strong>de</strong>a<strong>da</strong>s são as ro<strong>do</strong>vias fe<strong>de</strong>rais recomen<strong>da</strong>o aperfeiçoamento <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s e procedimentos vigentes na PolíciaRo<strong>do</strong>viária Fe<strong>de</strong>ral; (6) Há indicações que o Coman<strong>do</strong> <strong>do</strong> Exército é excessivamenteconfiante na probi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s fábricas nacionais <strong>de</strong> armas e munições,conferin<strong>do</strong>-lhes responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s que <strong>de</strong>veriam ser incompatíveis com a situação<strong>de</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s fiscaliza<strong>da</strong>s; (7) Ain<strong>da</strong> não há evidência <strong>da</strong> participação <strong>do</strong>s“brokers” na aquisição <strong>de</strong> armas e munições para o crime organiza<strong>do</strong> no Brasil.A <strong>de</strong>man<strong>da</strong> atual ain<strong>da</strong> não é <strong>de</strong> tão gran<strong>de</strong> escala que justifique essa participação.Ao que tu<strong>do</strong> indica, a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> se satisfaz com as aquisições feitas empequenos lotes, no varejo <strong>de</strong> lojas sedia<strong>da</strong>s nas ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s fronteiriças ou na ponta<strong>da</strong>s rotas aéreas para os EUA, além <strong>da</strong>s fontes já cita<strong>da</strong>s anteriormente. Noentanto, a consi<strong>de</strong>rar que a expansão <strong>de</strong> organizações criminosas como o Coman<strong>do</strong>Vermelho e o Primeiro Coman<strong>do</strong> <strong>da</strong> Capital, sem que haja uma reaçãoeficaz por parte <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, é possível vislumbrar pelo menos <strong>do</strong>is cenários <strong>de</strong>catástrofe, similares ao que ocorre atualmente na Colômbia, em que o agravamento<strong>do</strong> quadro criminal no País possa elevar a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> a ponto <strong>de</strong> justificara intermediação <strong>de</strong> “brokers”: (7.1) a expansão in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is gruposcriminosos, dividin<strong>do</strong> entre si as regiões metropolitanas, com o <strong>do</strong>mínio local <strong>do</strong>narcotráfico e <strong>da</strong>s <strong>de</strong>mais infrações penais que lhes são peculiares; (7.2) o

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