Ãntegra do relatório final da CPI do Tráfico de Armas
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44Os <strong>de</strong>puta<strong>do</strong>s Alberto Fraga, Moroni Torgan, Paulo Pimenta, LauraCarneiro, Neucimar Fraga, Luiz Couto e Nilton Baiano, manifestaram seuscomentários sobre a exposição.6.1.4. Exposição inicial <strong>do</strong> Sr. Pablo Dreyfus, Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Pesquisa<strong>do</strong> Grupo Viva Rio, em 12/05/2005.O Brasil é o segun<strong>do</strong> produtor <strong>de</strong> armas curtas, principalmente <strong>de</strong>revólveres e pistolas, <strong>do</strong> hemisfério oci<strong>de</strong>ntal. Depois <strong>da</strong> Áustria e <strong>da</strong>Alemanha, o Brasil é o terceiro exporta<strong>do</strong>r para os EUA. A situação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>fabricante <strong>de</strong> armas, a par <strong>do</strong> quadro <strong>de</strong> violência e <strong>de</strong> criminali<strong>da</strong><strong>de</strong> quecaracteriza a segurança pública, coloca o País diante <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>regular fortemente a sua indústria bélica, sob pena <strong>de</strong> contribuirconstantemente para armar as organizações criminosas que agri<strong>de</strong>m asocie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Ressalta a importância <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> insipientecapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> técnica <strong>de</strong> rastear o histórico <strong>da</strong>s armas apreendi<strong>da</strong>s, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong>as situações que facilitam a transformação <strong>de</strong> armas legais em armas ilegais.Até 1980, não havia obrigatorie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> registro <strong>de</strong> arma, mas foi somente em1997, com a Lei n.º 9.437/1997, que esse registro foi sistematiza<strong>do</strong> ecentraliza<strong>do</strong> no Sistema Nacional <strong>de</strong> <strong>Armas</strong> (SINARM), preven<strong>do</strong>-se, inclusivesanção penal para quem <strong>de</strong>ixasse <strong>de</strong> cumprir esse requisito legal. Explana ameto<strong>do</strong>logia que o Grupo Viva Rio usou para mapear as armas passíveis <strong>de</strong>rastreamento, em <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> custódia no Departamento <strong>de</strong> Fiscalização <strong>de</strong><strong>Armas</strong> e Explosivos (DEFAE) <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro. I<strong>de</strong>ntifica as armas<strong>de</strong> fabricação nacional como a maioria <strong>da</strong>s apreendi<strong>da</strong>s, com preferência paraos revólveres nacionais <strong>de</strong> as pistolas <strong>de</strong> fabricação estrangeira, com umcrescimento discreto e continua<strong>do</strong> <strong>da</strong>s armas <strong>de</strong> uso restrito. Além <strong>do</strong>Paraguai, <strong>de</strong>nuncia a vulnerabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s fronteiras secas com a Bolívia, quenão tem lei <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> armas, e com o Uruguai, cuja lei éreconheci<strong>da</strong>mente leniente com esse controle. Recomen<strong>da</strong> a atuaçãodiplomática com Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru e Venezuela, nosenti<strong>do</strong> <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nar as respectivas leis <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> armas.Os <strong>de</strong>puta<strong>do</strong>s Alberto Fraga, Moroni Torgan, Paulo Pimenta, LauraCarneiro, Neucimar Fraga, Luiz Couto e Nilton Baiano, manifestaram seuscomentários sobre a exposição.Dos <strong>de</strong>poimentos feitos pelos Sr. Antonio Rangel e Pablo Dreyfus, é <strong>de</strong>se concluir que: (1) Os <strong>de</strong>poentes apresentam estimativas que consi<strong>de</strong>ram