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Íntegra do relatório final da CPI do Tráfico de Armas

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36to um processo <strong>de</strong> informatização, com a participação <strong>do</strong>s próprios fabricantes.Já foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> um sistema <strong>de</strong> guia <strong>de</strong> tráfico eletrônico, em que to<strong>da</strong> amunição ou to<strong>da</strong> a arma ou to<strong>do</strong> o produto controla<strong>do</strong> que sai <strong>da</strong>s fábricaschega ao conhecimento imediato <strong>da</strong> DFPC e <strong>da</strong>s Regiões Militares. A partir<strong>da</strong>í, a informação é dissemina<strong>da</strong> para a Polícia Ro<strong>do</strong>viária Fe<strong>de</strong>ral e para asReceitas Estaduais, que têm o controle <strong>da</strong> travessia <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias nas divisas<strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s. Espera que falhas <strong>de</strong> fiscalização, como a que ocorreu naaquisição irregular <strong>de</strong> munições por atacadista <strong>de</strong> Pernambuco, envolven<strong>do</strong>fábrica sedia<strong>da</strong> no Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul, não venham a se repetirem. Atualmente,em <strong>de</strong>corrência <strong>da</strong> vigência <strong>do</strong> Estatuto <strong>do</strong> Desarmamento, ven<strong>de</strong>m-se muitopoucas armas e munições. Nas Forjas Taurus a que<strong>da</strong> <strong>de</strong> produção foi <strong>de</strong>20%; na CBC, embora ain<strong>da</strong> não quantifica<strong>da</strong>, a que<strong>da</strong> também foi significativa.Ao longo <strong>de</strong> 20 anos, a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> armas furta<strong>da</strong>s ou rouba<strong>da</strong>s nos estabelecimentos<strong>de</strong> comércio especializa<strong>do</strong> foi relativamente pequena, 872 armas.As Forjas Taurus, a Rossi, a CBC e Boito direcionam a maior parte (60%)<strong>de</strong> suas exportações <strong>de</strong> munições e armas leves e <strong>de</strong> pequeno porte para osEsta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, Europa e Oceania. Para a América Latina as exportações sãomuito restritas; <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1999, o Brasil não exporta armas para o Paraguai. Parato<strong>da</strong>s as exportações, o Exército exige a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> usuário <strong>final</strong> <strong>do</strong> importa<strong>do</strong>r,e fiscaliza rigorosamente o seu cumprimento. Os fiscais militares abremto<strong>do</strong>s os conteineres que contêm armas e munições importa<strong>da</strong>s, conferin<strong>do</strong>-seos números <strong>de</strong> série e o cumprimento <strong>da</strong>s normas <strong>de</strong> marcação. Em 2004, a-proxima<strong>da</strong>mente 5.000 armas foram importa<strong>da</strong>s, a maior parte para os órgãos<strong>de</strong> segurança pública. Os ca<strong>da</strong>stros <strong>da</strong> DFPC incluem apenas as armas pertencentesaos quadros <strong>de</strong> <strong>do</strong>tação <strong>do</strong> Coman<strong>do</strong> <strong>do</strong> Exército, mas não as <strong>da</strong>Marinha e <strong>da</strong> Aeronáutica. Não atribui os eventuais furtos <strong>de</strong> armas nos quartéis(21 pistolas e 17 fuzis) aos quadros profissionais <strong>da</strong> Força, mas tão somenteao envolvimento <strong>de</strong> recrutas com marginais <strong>da</strong> sua vizinhança, nas periferiasurbanas. A aquisição <strong>de</strong> armas e munições por caça<strong>do</strong>res, atira<strong>do</strong>res e coleciona<strong>do</strong>resestá condiciona<strong>da</strong> ao cumprimento <strong>do</strong>s requisitos <strong>de</strong> comprovação<strong>de</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> técnica e aptidão psicológica, conforme exigi<strong>do</strong> no Estatuto <strong>do</strong>Desarmamento. O Exército não fiscaliza a eventual produção artesanal <strong>de</strong> armas<strong>de</strong> fogo, pois essa é uma competência <strong>do</strong>s órgãos <strong>de</strong> segurança pública.Há fiscalização nas fábricas <strong>de</strong> funcionamento regular no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> evitar ofornecimento avulso <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> reposição, como armações, canos e ferrolhos,o que facilitaria a proliferação <strong>de</strong> fabricantes clan<strong>de</strong>stinos. A competênciapara fiscalizar o armamento <strong>da</strong>s empresas priva<strong>da</strong>s <strong>de</strong> segurança é <strong>da</strong> PolíciaFe<strong>de</strong>ral; o Exército apenas controla a importação <strong>da</strong>s armas por essas empre-

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