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Íntegra do relatório final da CPI do Tráfico de Armas

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266coesão e uni<strong>da</strong><strong>de</strong>, dificultan<strong>do</strong> a aplicação <strong>da</strong> legislação específica, principalmenteo R/105.As Secretarias <strong>de</strong> Segurança Pública Estaduais, o Departamento <strong>de</strong> PolíciaFe<strong>de</strong>ral, a Receita Fe<strong>de</strong>ral e o Departamento <strong>de</strong> Operações <strong>do</strong> Comércio Exteriornão cumprem eficazmente as <strong>de</strong>terminações constantes <strong>do</strong>s artigos 32, 33,35 e 37 <strong>do</strong> R/105 quanto à colaboração que <strong>de</strong>vem prestar ao Exército a respeito<strong>da</strong> fiscalização <strong>de</strong> produtos controla<strong>do</strong>s.Gran<strong>de</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> armamento é apreendi<strong>da</strong> pela polícia e sua remessapara o Exército é posterga<strong>da</strong> e, até mesmo, evita<strong>da</strong>. Muita munição é armazena<strong>da</strong>em locais ina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s comprometen<strong>do</strong> a segurança, sem que o Exércitotome conhecimento e providências em tempo hábil. Em conseqüência, hágran<strong>de</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> para o rastreamento <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> armamento e munição,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o fabricante até o compra<strong>do</strong>r e ou <strong>de</strong>tentor.É visível o <strong>de</strong>sconhecimento <strong>da</strong> legislação <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> armas pelas autori<strong>da</strong><strong>de</strong>sjudiciárias e pelo Ministério Público. Po<strong>de</strong>m-se citar o acautelamento <strong>de</strong>armas apreendi<strong>da</strong>s e a permissão <strong>de</strong> uso concedi<strong>da</strong> por uma Juíza, acatan<strong>do</strong>solicitação <strong>de</strong> Promotores <strong>de</strong> Justiça, para que agentes <strong>da</strong> Polícia Fe<strong>de</strong>ral eCivil <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro ficassem como fiéis <strong>de</strong>positários <strong>de</strong> cem armas <strong>de</strong> calibrerestrito, várias <strong>de</strong>las com numeração raspa<strong>da</strong>. Porém, o Sistema <strong>de</strong> Fiscalizaçãonão permite a <strong>do</strong>ação <strong>de</strong> armas com números raspa<strong>do</strong>s, por prejudicaro controle, a i<strong>de</strong>ntificação e o rastreamento.Existem inúmeros problemas <strong>de</strong> justiça <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s cometi<strong>da</strong>spelos CAC e que questionam a aplicação <strong>da</strong>s normas vigentes. É o caso<strong>de</strong> coleciona<strong>do</strong>r que possui arma irregular ou obti<strong>da</strong> ilegalmente, mas invocana justiça o seu direito <strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Seria o mesmo que alguém reclamar nopo<strong>de</strong>r judiciário a posse <strong>de</strong> sua cocaína apreendi<strong>da</strong> por policiais. Inicialmente,a justiça conce<strong>de</strong> liminar por <strong>de</strong>sconhecer a legislação e o assunto, bem <strong>de</strong>fendi<strong>do</strong>por advoga<strong>do</strong>s especialistas que omitem <strong>da</strong><strong>do</strong>s importantes como otermo <strong>de</strong> compromisso <strong>do</strong> usuário <strong>de</strong> submeter-se às exigências <strong>do</strong> Exército.Em 2001, somente no SFPC/1, os CAC propuseram duas ações populares,quatro man<strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> segurança e uma ação cautelar contra o Exército.Fatos <strong>de</strong>sta natureza consomem gran<strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> trabalho <strong>do</strong>s fiscaliza<strong>do</strong>res e<strong>da</strong>s autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s regionais para respon<strong>de</strong>rem às ações judiciais.

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