Ãntegra do relatório final da CPI do Tráfico de Armas
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235Senhor Presi<strong>de</strong>nte:e provi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong> a libertação <strong>da</strong>queles quejá tenham cumpri<strong>do</strong> a respectiva pena.Nos termos <strong>do</strong> art. 113, inciso I e § 1 o , <strong>do</strong> Regimento Interno<strong>da</strong> Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s, requeiro a V. Exª. seja encaminha<strong>da</strong> ao Po<strong>de</strong>rExecutivo a Indicação anexa, sugerin<strong>do</strong> a implementação <strong>de</strong> programa queavalie a situação <strong>de</strong> con<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s a penas <strong>de</strong> reclusão, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> e provi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong>a libertação <strong>da</strong>queles que já tenham cumpri<strong>do</strong> as respectivas penas.Sala <strong>da</strong>s Sessões, em <strong>de</strong> <strong>de</strong> 2006.DEPUTADO MORONI TORGANPRESIDENTE DA <strong>CPI</strong>DEPUTADO PAULO PIMENTARELATORINDICAÇÃO N o , DE 2006(Da <strong>CPI</strong> <strong>do</strong> Tráfico <strong>de</strong> <strong>Armas</strong> )Sugere a implementação <strong>de</strong> programaque avalie a situação <strong>de</strong> con<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s apenas <strong>de</strong> reclusão, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> e provi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong>a libertação <strong>da</strong>queles que já tenhamcumpri<strong>do</strong> as respectivas penas.Excelentíssimo Senhor Ministro <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> Justiça:No <strong>de</strong>curso <strong>do</strong>s trabalhos realiza<strong>do</strong>s por esta Comissão, a partir <strong>da</strong> oitiva<strong>de</strong> numerosas exposições e <strong>de</strong>poimentos, bem como <strong>de</strong> análise <strong>do</strong>cumental,constatou-se a existência <strong>de</strong> situações em que presos permanecem emreclusão apesar <strong>de</strong> já <strong>de</strong>corri<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> a que foram con<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s. Tal aconteceem razão <strong>do</strong> <strong>de</strong>scontrole <strong>do</strong>s ca<strong>da</strong>stros <strong>do</strong>s reclusos em parte <strong>do</strong>s estabelecimentospenais <strong>do</strong> Brasil.Essa é uma circunstância que, além <strong>de</strong> in<strong>de</strong>sculpavelmente injusta,compromete o Esta<strong>do</strong> brasileiro em sua credibili<strong>da</strong><strong>de</strong> no cumprimento <strong>da</strong>s leisvigentes. Não raras vezes, esses fatos são lança<strong>do</strong>s contra as autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s penitenciáriase judiciárias, como argumentos para reações violentas e criminosas,na forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>sobediência civil que <strong>de</strong>genera em rebeliões e ações terroristas.É evi<strong>de</strong>nte que o Esta<strong>do</strong> não po<strong>de</strong> se conformar e ser con<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntecom atos criminosos, qualquer que sejam os argumentos alega<strong>do</strong>s em sua <strong>de</strong>fesa.Tais atos são criminosos, ilegais, pratica<strong>do</strong>s em prejuízo <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e<strong>do</strong> patrimônio público e <strong>da</strong> credibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong> pública. Não há e nãopo<strong>de</strong> haver quaisquer contemporizações a esse respeito. No entanto, enten<strong>de</strong>mosque a perpetuação <strong>de</strong>ssas situações implicam sérios riscos para a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>e o Esta<strong>do</strong>. Em primeiro lugar, submete-se o preso injustiça<strong>do</strong> aos riscosinerentes ao ambiente carcerário, reconheci<strong>da</strong>mente violento. Em segun<strong>do</strong>