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Íntegra do relatório final da CPI do Tráfico de Armas

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223Sala <strong>da</strong>s Sessões, em <strong>de</strong> <strong>de</strong> 2006.DEPUTADO MORONI TORGANPRESIDENTE DA <strong>CPI</strong>DEPUTADO PAULO PIMENTARELATORINDICAÇÃO N o , DE 2006(Da <strong>CPI</strong> <strong>do</strong> Tráfico <strong>de</strong> <strong>Armas</strong> )Sugere a conveniência <strong>da</strong> intensificação<strong>da</strong>s vistorias aduaneiras em merca<strong>do</strong>riasimporta<strong>da</strong>s, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> evitar o ingressoclan<strong>de</strong>stino <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogo e muniçãono País.Excelentíssimo Senhor Ministro <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong>:A <strong>CPI</strong> <strong>do</strong> Tráfico <strong>de</strong> <strong>Armas</strong> foi cria<strong>da</strong> ante a evidência <strong>do</strong> ingresso <strong>de</strong>quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s crescentes <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogo clan<strong>de</strong>stinas que acabam nas mãos<strong>do</strong> crime organiza<strong>do</strong>, o que resulta em enorme prejuízo para a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> brasileira.No <strong>de</strong>curso <strong>da</strong>s audiências públicas com que os parlamentares <strong>da</strong> <strong>CPI</strong>procuraram se informar sobre as dimensões <strong>do</strong> problema, assistimos a exposiçõesfeitas por funcionários diretamente envolvi<strong>do</strong>s com a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> aduaneiraem portos e aeroportos e ficamos preocupa<strong>do</strong>s com a relativa facili<strong>da</strong><strong>de</strong> comque os importa<strong>do</strong>res <strong>de</strong>sautoriza<strong>do</strong>s <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogo e munição conseguemburlar a fiscalização. Soubemos que a maioria <strong>do</strong>s aeroportos não dispõe <strong>de</strong><strong>de</strong>tetores por on<strong>de</strong> passem obrigatoriamente cargas e bagagem (vistoria <strong>de</strong>porão). Que os scanners <strong>de</strong> Raios X, adquiri<strong>do</strong>s há menos <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos, paravistoriar conteiners em portos e nas travessias terrestres no Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul,estão inoperantes, ou por serem consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s obsoletos, ou por apresentarem<strong>de</strong>feitos técnicos, ou por carecerem <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra especializa<strong>da</strong> para operálos.Ficou-nos a impressão <strong>de</strong> que, uma vez que as quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> apreensões<strong>de</strong> armas e munição são consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s pequenas, quan<strong>do</strong> compara<strong>da</strong>scom o universo <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>ria que ingressa no País, a administração alfan<strong>de</strong>gárianão cogita <strong>de</strong> maiores esforços e investimentos para ampliar a fiscalizaçãonessa direção. Julgamos que tal entendimento como extremamente <strong>da</strong>nososaos interesses <strong>do</strong> povo brasileiro, pois ca<strong>da</strong> arma que ingressa <strong>de</strong>sautoriza<strong>da</strong>menteem território nacional põe em risco a vi<strong>da</strong> e a integri<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> umainfini<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ci<strong>da</strong>dãos, ao passo que ca<strong>da</strong> cartucho possui em potencial o po<strong>de</strong>r<strong>de</strong> causar a morte <strong>de</strong> mais um brasileiro.Foi em face <strong>do</strong>s evi<strong>de</strong>ntes prejuízos que esta linha <strong>de</strong> ação po<strong>de</strong>ria representarpara a segurança pública, e diante <strong>da</strong> óbvia conveniência <strong>de</strong> que to<strong>do</strong>sos esforços <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>vam ser eficientemente direciona<strong>do</strong>s no senti<strong>do</strong><strong>de</strong> privar o crime organiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> espaço para realizar seus objetivos, que o ilustreDeputa<strong>do</strong> Paulo Pimenta, Relator <strong>de</strong>ssa <strong>CPI</strong>, se <strong>de</strong>cidiu a incluir a presenteIndicação em seu Relatório Final.

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