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Íntegra do relatório final da CPI do Tráfico de Armas

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210JUSTIFICAÇÃOEm que pese a importância <strong>da</strong> atuação <strong>do</strong> advoga<strong>do</strong> na garantia <strong>do</strong> esta<strong>do</strong><strong>de</strong>mocrático <strong>de</strong> direito, fatos recentes, em que esses profissionais têmsi<strong>do</strong> flagra<strong>do</strong>s distribuin<strong>do</strong> telefones celulares e outros itens proibi<strong>do</strong>s a posse<strong>do</strong>s presos pelas autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s prisionais, apontam que integrantes <strong>da</strong> classeforam contamina<strong>do</strong>s pelos interesses espúrios <strong>do</strong> crime organiza<strong>do</strong>.Há mesmo registros <strong>de</strong> que marginais, se servin<strong>do</strong> <strong>de</strong> corrupção e frau<strong>de</strong>sem exames vestibulares e concursos, vêm estruturan<strong>do</strong> um sistema <strong>de</strong>assessoria jurídica para criminosos, inclusive os reclusos em penitenciáriasconsi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s <strong>de</strong> segurança máxima.Esse <strong>de</strong>svirtuamento <strong>da</strong> atuação <strong>do</strong> advoga<strong>do</strong> já não permite que esseprofissional seja consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> um ci<strong>da</strong>dão acima <strong>de</strong> qualquer suspeita, comotem si<strong>do</strong> a tradição <strong>da</strong> carreira jurídica. É no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> prevenir os <strong>da</strong>nos queesses maus profissionais possam eventualmente causar ao sistema judicial epenitenciário nacionais, que nos levaram a apresentar esta proposição.Sala <strong>da</strong>s Sessões, em <strong>de</strong> <strong>de</strong> 2006.Deputa<strong>do</strong> MORONI TORGANPresi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>CPI</strong>Deputa<strong>do</strong> PAULO PIMENTARelator11. PROJETO DE LEI: Responsabiliza penal e administrativamente o Diretor<strong>do</strong> Estabelecimento Penal on<strong>de</strong> for constata<strong>do</strong> o uso <strong>de</strong> qualquer aparelho <strong>de</strong>rádio-comunicação por preso.PROJETO DE LEI N o , DE 2006(Da <strong>CPI</strong> <strong>do</strong> Tráfico <strong>de</strong> <strong>Armas</strong>)Responsabiliza penal e administrativamenteo Diretor <strong>do</strong> Estabelecimento Penalon<strong>de</strong> for constata<strong>do</strong> o uso <strong>de</strong> qualquer aparelho<strong>de</strong> rádio-comunicação por preso.O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1 o Acrescente-se o seguinte parágrafo único ao art.87, <strong>da</strong> Lei n.º 7.210, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1984, (Lei <strong>de</strong> Execução Penal):“Parágrafo único. É ve<strong>da</strong><strong>do</strong> o uso <strong>de</strong> qualquer aparelho<strong>de</strong> rádio-comunicação pelo preso em penitenciárias administra<strong>da</strong>spela União, pelos Esta<strong>do</strong>s ou pelo Distrito Fe<strong>de</strong>ral.Art. 2.º. Acrescente-se o seguinte artigo 350-A, ao texto<strong>do</strong> Decreto-Lei n.º 3.914 (Código Penal), <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1941:“Art. 350-A Omitir-se o Diretor <strong>de</strong> Penitenciária, em seu<strong>de</strong>ver <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>r ao preso recluso o acesso qualquer aparelho<strong>de</strong> rádio-comunicação, sem prejuízo <strong>da</strong>s sanções administrativasprevistas:Pena: <strong>de</strong>tenção, <strong>de</strong> três meses a um ano.”

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