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Íntegra do relatório final da CPI do Tráfico de Armas

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174pífia, <strong>de</strong>sacredita<strong>da</strong> e omissa. No entanto, a partir <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> reorganizaçãoque foi marca<strong>da</strong> pela Operação Mosaico, no Rio <strong>de</strong> Janeiro, quan<strong>do</strong> foiinflingi<strong>do</strong> um golpe po<strong>de</strong>roso na criminali<strong>da</strong><strong>de</strong> fluminense, a atuação <strong>do</strong> órgãosofreu uma nova inflexão. Iniciativas posteriores, que incluíram novas li<strong>de</strong>ranças,aumento <strong>de</strong> efetivos e processos <strong>de</strong> reestruturação interna colocaram aPolícia Fe<strong>de</strong>ral num novo patamar <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Hoje são poucas as críticasque e po<strong>de</strong>m apontar na instituição. Infrações pratica<strong>da</strong>s por seus integrantessão apura<strong>da</strong> com isenção e corta-se na própria carne. Operações são <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>a<strong>da</strong>s<strong>de</strong> norte a sul, não poupan<strong>do</strong> contas bancárias e parti<strong>do</strong>s políticos.Aparentemente, esse salto <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> foi o resulta<strong>do</strong> <strong>da</strong>s reflexões e<strong>da</strong> inconformi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s li<strong>de</strong>ranças há <strong>de</strong>z anos, diante <strong>do</strong> quadro <strong>de</strong> <strong>de</strong>safios e<strong>de</strong> incertezas que acometiam a instituição.É <strong>de</strong> se presumir que a situação presente po<strong>de</strong> produzir resulta<strong>do</strong>s semelhantesnas instituições policiais estaduais a braços com o <strong>de</strong>safio <strong>do</strong> crimeorganiza<strong>do</strong>. Neste senti<strong>do</strong>, as ações <strong>do</strong> PCC em São Paulo e <strong>do</strong> CV no Rio <strong>de</strong>Janeiro, cometen<strong>do</strong> atos que submetem as instituições policiais ao vexame e asocie<strong>da</strong><strong>de</strong> ao terror, se constituem num tiro no próprio pé. Gradualmente, aspolícias fluminense e paulista aperfeiçoam seus méto<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>puram suas ban<strong>da</strong>spodres, <strong>de</strong>spertam para o seu ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro papel <strong>de</strong> guardiães <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m e<strong>de</strong> <strong>de</strong>fensores <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. O exemplo se espalha pelas <strong>de</strong>mais instituições.As facções criminosas po<strong>de</strong>m ter planta<strong>do</strong> as sementes <strong>de</strong> sua própria <strong>de</strong>struiçãoe, no <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> tempo, num futuro que não se espera muito distante, virarãopó.8.4. OS ADVOGADOS DO CRIME ORGANIZADOEm 10/05/2006, foram toma<strong>do</strong>s na Comissão os <strong>de</strong>poimentos <strong>do</strong>s Delega<strong>do</strong>s<strong>do</strong> DEIC/SP Go<strong>do</strong>fre<strong>do</strong> Bittencourt Filho e Ruy Ferraz Fontes, e <strong>de</strong> LeandroLima <strong>de</strong> Carvalho, preso sob acusação <strong>de</strong> ser um mata<strong>do</strong>r a serviço <strong>do</strong>Primeiro Coman<strong>do</strong> <strong>da</strong> Capital (PCC). Parte <strong>do</strong>s <strong>de</strong>poimentos foram realiza<strong>do</strong>sem sessão reserva<strong>da</strong>, em face <strong>de</strong> sua importância no esclarecimento <strong>da</strong> <strong>CPI</strong> arespeito <strong>da</strong> atuação <strong>do</strong>s lí<strong>de</strong>res <strong>da</strong> organização criminosa em São Paulo.Como se soube mais tar<strong>de</strong>, a gravação <strong>da</strong>s sessões reserva<strong>da</strong>s foramvendi<strong>da</strong>s naquela mesma tar<strong>de</strong> por um técnico <strong>de</strong> som <strong>da</strong> Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s,corrompi<strong>do</strong> por <strong>do</strong>is advoga<strong>do</strong>s (SÉRGIO WESLEI DA CUNHA e MARIACRISTINA DE SOUZA RACHADO) que, estan<strong>do</strong> presentes durante a sessão

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