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Íntegra do relatório final da CPI do Tráfico de Armas

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1612002 74% 9% 17%2003 65% 12% 23%A CBC, única produtora brasileira <strong>de</strong> munição <strong>de</strong> uso civil, também estáconfiante nas exportações, mas não com a mesma intensi<strong>da</strong><strong>de</strong>. A <strong>de</strong>man<strong>da</strong>civil e governamental por munições absorve uma parte significativamente maior<strong>de</strong> sua produção.CBC: Distribuição <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s líqui<strong>da</strong>s por segmento <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>(1996 - 2003)ANOSEGMENTO DE MERCADO (%)EXPORTAÇÃO PODERPÚBLICOMERCADOCIVIL1996 50% 18% 32%1997 18% 28% 54%1998 40% 28% 32%1999 39% 18% 43%2000 47% 22% 31%2001 34% 28% 38%2002 34% 37% 29%2003 47% 26% 27%Fica, portanto, evi<strong>de</strong>nte a pre<strong>do</strong>minância relativa <strong>da</strong>s armas <strong>de</strong> fogo sobreas munições nas exportações <strong>de</strong> APPL. A evidência <strong>da</strong> conclusão, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>,naturalmente, <strong>da</strong> confiabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s informações. Merece consi<strong>de</strong>ração ofato <strong>de</strong> que as munições são um item importante na logística <strong>do</strong>s conflitos arma<strong>do</strong>s,setor que, por razões óbvias, opera em baixo perfil, com a mínimatransparência. Caso a indústria nacional <strong>de</strong> munições se preste a ser mais um<strong>do</strong>s fornece<strong>do</strong>res ocultos para as partes em conflito no mun<strong>do</strong>, as consi<strong>de</strong>raçõesacima <strong>de</strong>vem ser reavalia<strong>da</strong>s.Consi<strong>de</strong>rações à parte, trata-se, portanto, <strong>de</strong> um merca<strong>do</strong> saudável, estávele, no geral, em expansão. Vale consi<strong>de</strong>rar que o forte efeito <strong>da</strong> taxa <strong>de</strong>câmbio brasileira sobre a negociabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> suas exportações não teve efeito<strong>de</strong>cisivo. É <strong>de</strong> especial interesse aqui o perío<strong>do</strong> inicial, em 1994, quan<strong>do</strong> oBrasil implementou o Plano Real, substituin<strong>do</strong> sua moe<strong>da</strong> moribun<strong>da</strong> pelo realque foi atrela<strong>do</strong> ao dólar americano. Esta pari<strong>da</strong><strong>de</strong> se manteve até início <strong>de</strong>1999. Com a moe<strong>da</strong> manti<strong>da</strong> artificialmente acima <strong>do</strong> seu valor real, os brasileirosse viram com um enorme po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra, enquanto os exporta<strong>do</strong>res brasileirostinham dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s para competir sem baixar seus preços. Certamenteparece razoável concluir que uma dinâmica pareci<strong>da</strong> ocorreu com o merca<strong>do</strong>exporta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> APPL: nos anos seguintes à <strong>de</strong>preciação <strong>do</strong> real, as exportações<strong>de</strong> APPL se recuperaram <strong>de</strong> forma constante. Por outro la<strong>do</strong>, fica evi<strong>de</strong>nte que,

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