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Íntegra do relatório final da CPI do Tráfico de Armas

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102uma força especial age, utilizan<strong>do</strong> um <strong>de</strong>tector portátil <strong>de</strong> curto alcance, paraassim localizar a apreen<strong>de</strong>r o telefone celular que está ilicitamente em funcionamentoem um estabelecimento prisional.Os exemplos franceses e israelenses levam a algumas conclusões muitoimportantes que, quan<strong>do</strong> confronta<strong>da</strong>s com as reali<strong>da</strong><strong>de</strong>s brasileiras, resultamem diversas lições bastante significativas. A experiência internacional e tambéma <strong>do</strong> Brasil <strong>de</strong>ixam claro que, antes <strong>de</strong> mais na<strong>da</strong>, é necessário estabelecerclaramente qual será o escopo <strong>de</strong> uma política que redun<strong>de</strong> na instalação eoperação <strong>de</strong> equipamentos bloquea<strong>do</strong>res <strong>de</strong> celulares. Para tanto, é precisocriar uma classificação abrangente <strong>do</strong> que seriam os "presidiários <strong>de</strong> alto risco",para po<strong>de</strong>r assim administrar melhor esse grupo especial.Tu<strong>do</strong> aponta para a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um controle mais rigoroso apenaspara o grupo <strong>de</strong> presidiários <strong>de</strong> alto risco. Não apenas em Israel e na França,mas também em países como a Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Reino Uni<strong>do</strong>e nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, a conclusão <strong>da</strong>s autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> segurança é queesforços para o bloqueio às comunicações <strong>de</strong>vem ser envi<strong>da</strong><strong>do</strong>s apenas emcasos especiais e em estabelecimentos prisionais seleciona<strong>do</strong>s, nos quais e-xista um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> presidiários <strong>de</strong> risco. Assim, <strong>de</strong>vem ser seleciona<strong>do</strong>scomo prioritários os presídios <strong>de</strong> segurança máxima - porém, é necessárioque o Esta<strong>do</strong>, por meio <strong>de</strong> sua política prisional, possa garantir que to<strong>do</strong>s ou aomenos quase to<strong>do</strong>s os presidiários potencialmente mais perigosos estejam sobum regime <strong>de</strong> confinamento a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>, que possibilite a utilização racional eeficiente <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> estratégia.Nos <strong>de</strong>mais presídios, apenas soluções mais orto<strong>do</strong>xas, tais como ummaior rigor na revista, a instalação <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectores <strong>de</strong> metais nas entra<strong>da</strong>s e ummaior controle no contato <strong>do</strong>s presos com seus visitantes parece ser o suficiente.Também tem si<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>s com sucesso, nesses casos, aparelhosmais simples, que não são capazes <strong>de</strong> bloquear sinais <strong>de</strong> celulares, e sim apenas<strong>de</strong> rastrear a sua utilização em um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> espaço. Alia<strong>do</strong> a pequenos<strong>de</strong>tectores portáteis <strong>de</strong> sinais, tal solução tem se mostra<strong>do</strong> bastante eficientepara se aumentar bastante a <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> usos ilícitos <strong>de</strong> celulares em presídioe a apreensão <strong>de</strong>sses aparelhos.Porém a conclusão mais importante é que qualquer projeto que tenhacomo objetivo instalar uma infra-estrutura para o bloqueio às comunicações em

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