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Monografia - Unesc

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qual se poderia mobilizar os trabalhadores e fazer avançar a lutarevolucionária” (Garcia, 2004, p. 3)Movimentos como o do teatro popular ocorreram antes em paísesdesenvolvidos como a Alemanha, por exemplo. Segundo Garcia, surgiu nesse paísum grupo intitulado Agritop, cujo intuito era de fazer oposição e resistência política, eno Brasil ele surgiu como um grupo que pensava politicamente, “contaminada poruma vanguarda militante e inovadora” (Garcia, 2004, p. 207), com pensamentossocialistas, mas trazendo consigo “a marca de uma outra tendência política, de raizibérica e italiana, e de um padrão muito mais tradicional de produção artística” (idem,p. 208).Em comparação com essas contribuições à nossa história teatral, analiso otrabalho do Teatro Mágico em um de seus DVDs. Logo no início podemos observara preocupação da trupe com a arte e alguns aspectos do teatro, com a iluminaçãodo palco e com a performance de entrada dos músicos, atores, dançarinos.Personagens são interpretados, roupas e figurinos, tudo é pensado para o grandeespetáculo. Fernando Anitelli, com ironia e entusiasmo, começa o show convidandoo público ao espetáculo, como se estivesse em uma arena de circo: “Senhoras eSenhores, respeitável público pagão... bem-vindos ao Teatro Mágico”. Em seguida,ele começa uma canção em que o trecho principal diz: “Por que é que não se juntatudo numa coisa só”. Nesse momento, surgem no palco os mais variadospersonagens: malabaristas, flautistas, cuspidores de fogo, enfim músicos e outrosartistas caracterizados de palhaço, tocando e dançando ao mesmo ritmo com opúblico, que parece tomado por uma grande emoção, alguns se caracterizandocomo a trupe, embalados pela harmonia e pela energia que toma conta do lugar.Em outra composição, “O Catador de Papelão”, ocorre uma encenação, emque o personagem tema, o catador de papelão, usa uma máscara neutra e um sacode plástico (de lixo) como objeto cênico. Segundo Costa, no teatro a máscara neutrapermite que o ator relacione-se “com o mundo sob a perspectiva de um outro ser, ese opera na fronteira entre o perigo e o aconchego” (Costa, 2005, p. 34). Ele passa aser um corpo sem rosto que se expressa e tem vida, se identifica ainda mais com aspessoas e se relaciona de forma instantânea com os objetos, que por sua vezganham um maior destaque na cena. No teatro, com a utilização da máscara, o ator31

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