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o processo criativo na tradução de dom pedro ii ... - NUPROC - UFSC

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Petrópolis) e traduziu Camões para o hebraico. Da Bíblia, ainda traduziuos Atos dos Apóstolos, do Novo Testamento.Dom Pedro II ainda traduziu diretamente do árabe as Mil e umaNoites, obra que não conseguiu concluir. Segundo Rosane <strong>de</strong> Souza, emsua dissertação A gênese <strong>de</strong> um <strong>processo</strong> tradutório: as mil e uma noites<strong>de</strong> D. Pedro II, o Mo<strong>na</strong>rca é um tradutor bastante fiel ao texto <strong>de</strong>partida: “A partir das operações linguísticas realizadas por ele,percebeu-se que havia a preocupação da fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> ao origi<strong>na</strong>l" (2010, p.78). O texto <strong>de</strong> partida utilizado para a tradução do Mo<strong>na</strong>rca foi o <strong>de</strong>Breslau, publicado <strong>na</strong> Alemanha em 1825. No oci<strong>de</strong>nte, a versão maisconhecida do texto das Mil e Uma Noites é em francês e foi traduzidapelo orientalista Antonie Galland, 26 cujo texto <strong>de</strong> chegada possuimodificações em relação ao origi<strong>na</strong>l. Já o Imperador manteve atémesmo trechos eróticos que outros escondiam. "Quando viu-me riu-seno rosto <strong>de</strong> mim e apertou-me ao peito d'ella e a boca <strong>de</strong> mim sobre aboca d'ella", diz um dos trechos traduzidos. A tradução francesa <strong>dom</strong>esmo trecho fala ape<strong>na</strong>s em "saudações", diz Souza (2010, p. 67).Segundo Venuti:82Uma tradução sempre comunica umainterpretação, um texto estrangeiro que éparcial e alterado, suplementado comcaracterísticas peculiares à língua <strong>de</strong> chegada,não mais inescrutavelmente estrangeiro, mastor<strong>na</strong>do compreensível num estilo claramente26 Atualmente, temos para o português a tradução <strong>de</strong> Mame<strong>de</strong> Mustafa Jarouche, professor docurso <strong>de</strong> árabe da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (USP). Segundo o próprio tradutor, a tradução“se atém ao origi<strong>na</strong>l”, sua tradução é literal, sem cortes (...). As pesquisas para a referidatradução iniciaram-se em 2000, quando Jarouche realizou seu pós-doutorado no Cairo. Suafonte <strong>de</strong> trabalho foram três volumes do manuscrito árabe da Biblioteca Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Paris(SOUZA, 2010, p. 46).

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