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o processo criativo na tradução de dom pedro ii ... - NUPROC - UFSC

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pois, não fosse esta qualida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>ria - como fez o pai - ter posto emrisco a estabilida<strong>de</strong> constitucio<strong>na</strong>l do reino, mo<strong>de</strong>lo que acreditava ser amelhor forma <strong>de</strong> governo para o Brasil.Carvalho (2007) retrata Pedro <strong>de</strong> Alcântara como homem quefoi acometido <strong>de</strong> todas as paixões e inseguranças a que está sujeitoqualquer ser humano: sentiu-se enga<strong>na</strong>do quando lhe apresentaram a jáesposa, Teresa Cristi<strong>na</strong>, 20 irmã do rei Ferdi<strong>na</strong>ndo II das Duas Sicílias,por <strong>de</strong>cepcio<strong>na</strong>r-se com a imagem muito diferente daquela do retrato;teve várias amantes e um gran<strong>de</strong> amor, a Con<strong>de</strong>ssa <strong>de</strong> Barral, com quemmanteve uma relação que se prolongou por mais <strong>de</strong> 30 anos. Mais quequalquer outra coisa, amava o conhecimento, 21 o que o levou aempreen<strong>de</strong>r três gran<strong>de</strong>s viagens inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is, fi<strong>na</strong>nciadas com osnumerários que o orçamento do Estado lhe <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>va para as <strong>de</strong>spesaspessoais. Esta ânsia por conhecimento o conduziu ao estudo das artes edas ciências. Entretanto, como não é possível estabelecer-se umafronteira rígida entre o homem e o mo<strong>na</strong>rca, tanto um quanto o outro<strong>de</strong>sejavam que a <strong>na</strong>ção também acessasse este conhecimento. Ofi<strong>na</strong>nciamento, com recursos do próprio bolso, 22 <strong>de</strong> estudantesbrasileiros no exterior, <strong>de</strong>monstra este anseio.7320 O casamento foi realizado por procuração em Nápoles, em 1843.21 “D. Pedro II cumpriu escrupulosamente as tarefas <strong>de</strong> governo que o <strong>de</strong>stino lhe reservou.Porém, as paixões <strong>de</strong> Pedro d’Alcântara eram o Brasil, a con<strong>de</strong>ssa <strong>de</strong> Barral e os livros. Mas,se a paixão pelo Brasil permitia que convivessem os dois Pedros, a dos livros talvez tivessesido mais radical. D. Pedro era um leitor voraz e onívoro. Lia muito e <strong>de</strong> tudo, livros, jor<strong>na</strong>is,revistas, relatórios. Lia diariamente, em casa, nos trens, nos <strong>na</strong>vios, nos hotéis. [...]”(CARVALHO, 2007, p. 223).22 “[...] Muitos brasileiros estudaram no país e no exterior à custa do bolsinho imperial. D.Pedro fazia o que hoje fazem os órgãos do governo que fi<strong>na</strong>nciam bolsas <strong>de</strong> estudo, como oConselho Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Durante o SegundoRei<strong>na</strong>do, 151 bolsistas obtiveram pensões, 41 <strong>de</strong>les para estudar no exterior. No Brasil, foram65 pensionistas do ensino básico e médio, dos quais 15 eram mulheres. Os pensionistas noexterior recebiam ajuda para viagem, livros e enxoval. Em contrapartida, tinham <strong>de</strong> prestar

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