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o processo criativo na tradução de dom pedro ii ... - NUPROC - UFSC

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A CG originou-se <strong>na</strong> França, em 1968 6 , a partir do estudo <strong>de</strong>manuscritos literários e, segundo Romanelli (2006), chegou ao Brasilem 1985, por iniciativa <strong>de</strong> Philippe Willemart. A CG consi<strong>de</strong>ra que oresultado <strong>de</strong> um trabalho artístico é fruto <strong>de</strong> uma sucessão complexa <strong>de</strong>fatos e fenômenos, que vão da preparação da pesquisa, às técnicas <strong>de</strong>escritura e correções, até as influências <strong>de</strong> diversas or<strong>de</strong>ns, que inci<strong>de</strong>m<strong>na</strong> composição da obra. Seu princípio, segundo Biasi:35[...] é o <strong>de</strong> dar uma atenção tão gran<strong>de</strong> quantopossível ao trabalho do escritor, aos seusgestos, às suas emoções, às suas incertezas: oque ela propõe é re<strong>de</strong>scobrir a obra por meio dasucessão dos esboços e das redações que afizeram <strong>na</strong>scer e a levaram até sua forma<strong>de</strong>finitiva. Com que intenção? A <strong>de</strong> melhorcompreendê-la: conhecer por <strong>de</strong>ntro a suacomposição, as intenções recônditas do escritor,seus procedimentos, sua maneira <strong>de</strong> criar, oselementos pacientemente construídos que eleacaba elimi<strong>na</strong>ndo, os que ele conserva e<strong>de</strong>senvolve. Observar seus momentos <strong>de</strong>bloqueio, seus lapsos, suas voltas para trás,adivinhar seu método e sua prática <strong>de</strong> trabalho,saber se ele faz planos ou se ele se lançadiretamente <strong>na</strong> redação, reencontrar o rastropreciso dos documentos e dos livros que eleusou, etc. A genética dos textos faz penetrar nolaboratório secreto do escritor, no espaçoíntimo <strong>de</strong> uma escritura que se busca [...] (2010,p. 11).6 Para o Grésillon o contexto sociopolítico da França do fi<strong>na</strong>l da década <strong>de</strong> 1960 influencioui<strong>de</strong>ologicamente a CG:[...] as condições da vida intelectual <strong>na</strong> França no fim dos anos sessenta que, como qualquerconjuntura i<strong>de</strong>ológica precisa, influenciaram a orientação e o foco da crítica genética<strong>na</strong>scente. Esta tomou seu impulso ao mesmo tempo em pleno estruturalismo e, pelo menos emparte, contra ele. Herdando <strong>de</strong>ssa corrente o rigor metodológico, a crítica genética, emborafazendo romper o fechamento do texto, foi utilizada para isolar e <strong>de</strong>screver as diferentes fasesdos antetextos (...); e estabelecer, em função dos hábitos variáveis dos escritores, tipologiasantetextuais (1991, p. 11).

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