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o processo criativo na tradução de dom pedro ii ... - NUPROC - UFSC

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178<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>lida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> a poesia, o romance e as <strong>de</strong>mais formas literáriasbuscavam “vestir-se com as cores do país” (ASSIS, 1959, p.28).A <strong>de</strong>speito disso, era gran<strong>de</strong> o número <strong>de</strong> traduções, sobretudo<strong>de</strong> peças teatrais francesas, fato que irritava Machado <strong>de</strong> Assis, como<strong>de</strong>monstra a crítica O Passado, o Presente e o Futuro da Literatura, <strong>de</strong>1858.Para que estas traduções enervando a nossace<strong>na</strong> dramática? Para que esta inundação <strong>de</strong>peças francesas, sem o mérito da localida<strong>de</strong> echeias <strong>de</strong> equívocos, sensaborões as vezes, egalicismos, a fazer recuar o mais <strong>de</strong>nodadofrancelho? (ASSIS, 2008, v. III, p. 1002) 56Machado <strong>de</strong> Assis não era contra as traduções, ele mesmotraduziu várias peças teatrais, poesias, ensaios e romances, além <strong>de</strong>,como já pontuado anteriormente, ter traduzido o canto XXV do“Inferno”. Um pouco <strong>de</strong> seu pensamento sobre tradução po<strong>de</strong> serpercebido <strong>na</strong> análise que ele faz <strong>de</strong> uma tradução <strong>de</strong> um texto <strong>de</strong>Lamartine, <strong>na</strong> Crônica Ao Acaso: 57Não li toda a tradução da Morte <strong>de</strong> Sócrates,nem a comparei ao origi<strong>na</strong>l; mas as pági<strong>na</strong>s quecheguei a ler pareceram-me dig<strong>na</strong>s do poema<strong>de</strong> Lamartine. O próprio tradutor <strong>de</strong>clara queempregou imenso cuidado em conservar afrescura origi<strong>na</strong>l e os toques ligeiros etransparentes do poema. Essa <strong>de</strong>via ser, semdúvida, uma gran<strong>de</strong> parte da tarefa; paratraduzir Lamartine é precioso saber suspirarversos como ele. As poucas pági<strong>na</strong>s que li56 O Passado, o Presente e o Futuro da Literatura é uma crítica publicada origi<strong>na</strong>lmente em AMarmota, no Rio <strong>de</strong> Janeiro, <strong>na</strong>s edições <strong>de</strong> 09 e <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1858.57 Ao Acaso é uma coletânea <strong>de</strong> crônicas escritas por Machado <strong>de</strong> Assis sobre diversosassuntos. Foram publicadas origi<strong>na</strong>lmente em O Diário do Rio <strong>de</strong> Janeiro, no Rio <strong>de</strong> Janeiro,<strong>de</strong> 05 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1864 a 16 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1865.

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