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o processo criativo na tradução de dom pedro ii ... - NUPROC - UFSC

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168Não obstante isso, em algumas partes do canto encontraremoscerto distanciamento <strong>na</strong> construção lexical em relação ao texto <strong>de</strong> Dante.São alguns poucos casos em que usa palavras ou frases que apresentam<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>da distância do texto origi<strong>na</strong>l. Entre esses casos encontram-se:No verso 82 traduz: “Quali colombe dal disio chiamate” por“Leves pombas, da sauda<strong>de</strong> magoadas,”;No verso 103 traduz “che, come vedi, ancor non m'abbando<strong>na</strong>”por “Que, como vês, ainda me agrilhoa”.Mas é no verso 124 que produz sua versão mais distante dotexto origi<strong>na</strong>l, quando traduz a palavra “affetto” por “prazer”. O tercetoque em Dante é:Ma s'a conoscer la prima radice<strong>de</strong>l nostro amor tu hai cotanto affetto,dirò come colui che piange e dice.Em Dom Pedro II fica:Porém, se conhecer bem a raizDo nosso amor, te é causa <strong>de</strong> prazer,Farei como qualquer que chora e diz:Outra característica que se po<strong>de</strong> notar é o uso <strong>de</strong> palavraseruditas e próprias do indivíduo que possui gran<strong>de</strong> conhecimento dalíngua para a qual está traduzindo, especialmente no que diz respeito àescolha do léxico. Essa é uma das três características fundamentais dateoria da tradução, difundidas no Re<strong>na</strong>scimento, para se fazer uma boatradução. No século XV, Leo<strong>na</strong>rdo Bruni, no texto De recta

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