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o processo criativo na tradução de dom pedro ii ... - NUPROC - UFSC

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15279 No verso 80, <strong>de</strong>monstra dúvida entre usar o verbo <strong>de</strong>spren<strong>de</strong>r ou o verbo soltar. Põe-se diante <strong>de</strong>duas opções: “Solto a voz e lhes digo” ou “Desprendo a voz”:Versão 1 Versão 2 Versão 3 Manuscrito DefinitivoNa terceira versão opta pelo verbo soltar somado a “e lhes digo” e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> por <strong>de</strong>spren<strong>de</strong>r. Aopção pelo verbo soltar consistiria numa construção <strong>de</strong> sentindo mais próxima do origi<strong>na</strong>l (“mossi la voce”).O verbo <strong>de</strong>spren<strong>de</strong>r remete à i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> uma voz que, por alguma razão, encontra-se presa. Mas, metricamente,a segunda construção se encaixa melhor no terceto. Ainda há que se consi<strong>de</strong>rar que De Simoni usou o verbosoltar (“Eu solto a voz: O’ almas magôadas”) e que o uso do verbo <strong>de</strong>spren<strong>de</strong>r distancia a tradução <strong>de</strong> DomPedro da <strong>de</strong> De Simoni.A hesitação persiste durante todo o percurso do <strong>processo</strong> tradutório e só se resolve no manuscrito<strong>de</strong>finitivo, quando volta à primeira opção, mostrando, mais uma vez, a circularida<strong>de</strong> e não linearida<strong>de</strong> do<strong>processo</strong> <strong>criativo</strong>.

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