11.07.2015 Views

Livro em formato PDF - Fernando Santiago dos Santos

Livro em formato PDF - Fernando Santiago dos Santos

Livro em formato PDF - Fernando Santiago dos Santos

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

H. W. Lack menciona que o jarro, Arum maculatum L. (famíliaAraceae), já aparece no Codex Aniciae Julianae, atestando,assim, sua utilização <strong>em</strong> compostos antigos 204 . Não setrata, portanto, de uma planta nativa brasileira.F. Weberling e H. O. Schwantes afirmam que o jarro érealmente a espécie Arum maculatum L. 205 Partimos destasfontes para a pesquisa das informações que se segu<strong>em</strong>, <strong>em</strong>borauma outra espécie de arácea, Arisum vulgare Targ. exToz., tenha sido citada como serpentária-menor, capuz-defradinho,jarro ou aron. Esta espécie é referida por A. Laguna,ao comentar Dioscórides 206 .J. P. F. S. Dias, ao trabalhar com a identificação de plantasmedicinais da Serra de Sintra de 1758, afirma ser o jarro<strong>dos</strong>-campos(“jeró”) as espécies Arum italicum Miller e Arummaculatum L 207 . F. J. C. Aulete afirma que o jarro, popularmenteconhecido também como jarreiro, é o “nome vulgarda taioba e de outras aroídeas, tais como o jarro-vulgar (Arumvulgare) e o jarro-de-itália (Arum italicum)” 208 .O jarro é uma planta originalmente de regiões tropicais esubtropicais, tal como muitas outras aráceas, apresentandoraízes _______________________rizomatosas subterrâneas e tuberosas 209 . Apresenta área204H. Walter Lack, Garden Eden, p. 24. O Codex Aniciae Julianae, do século VId.C., engloba figuras que atestam a autenticidade de Dioscórides (ibid., p. 24). Ojarro parece ter sido utilizado conjuntamente com o ácoro, a canela e o mel para otratamento de transtornos gástricos e no combate a lombrigas e outras espécies deAscaris intestinais (P. F. Quer, Plantas medicinales - el Dioscórides renovado, p.258).205F. Weberling & H. O. Schwantes, op. cit., p. 127.206Andres Laguna, Pedacio Dioscorides Anarzabeo..., II, p. 155. O autor diz que osque esfregar<strong>em</strong> as mãos com as folhas do dracúnculo [outra denominação do jarro,Arisum vulgare] ou portar<strong>em</strong> a raiz da planta não serão mordi<strong>dos</strong> pelas víboras.207J. P. F. S. Dias, op. cit., p. 603.208“Jarreiro”, “jarro”, in F. J. C. Aulete, Dicionário cont<strong>em</strong>porâneo da Língua Portuguesa,vol. 2, p. 169.209Grande parte das espécies da família Araceae são cipós. O jarro faz parte de umapequena porcentag<strong>em</strong> das espécies rizomatosas, ou seja, que apresentam raiz subterrânea.Entre as substâncias tóxicas, encontram-se um alcalóide (coniina), umasaponina (aroína) e glucosídeos como a azonina associada a oxalato de cálcio, quepod<strong>em</strong> desprender ácido cianídrico, uma vez <strong>em</strong> contato com o suco gástrico (F.Weberling & H. O. Schwantes, op. cit., p. 127).96 - 15/04/2009

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!