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Livro em formato PDF - Fernando Santiago dos Santos

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po 186 . Plínio, por ex<strong>em</strong>plo, apresenta o aipo como verdadeirapanacéia, incluindo <strong>em</strong> sua relação de vinhos o vinho misturadocom aipo 187 . P. F. Quer descreve uma receita, denominadaxarope das cinco raízes aperientes e diuréticas, <strong>em</strong>que o aipo aparece junto ao aspargo, ao funcho, à gilbarbeirae à salsa 188 . T. Peckolt cita Homero, Virgílio e Avicena comoescritores antigos que falaram largamente sobre as virtudesmedicinais desta planta 189 .É considerado tônico, estimulante e carminativo, eficazno alívio das dores decorrentes de gases, e considerado útilcomo r<strong>em</strong>édio caseiro contra flatulência e reumatismo. Asvirtudes do aipo sobressa<strong>em</strong>-se no aparelho digestivo humano.No século XVII, suas folhas, quando comidas na primavera,eram tidas como adoçantes e purificadoras do sangue190 .______________________186O aipo já aparece <strong>em</strong> Dioscórides (The Greek Herbal of Dioscorides, III, 74-5),sob o nome grego sélinon, que significa salsa (supõe-se que, de corruptelas do nomegrego, tenham surgido os étimos sèdano <strong>em</strong> italiano, céleri <strong>em</strong> francês, celery <strong>em</strong>inglês e Sellerie <strong>em</strong> al<strong>em</strong>ão); neste, a cocção do aipo tornaria aquele que a bebesseresistente a drogas venenosas. No mundo árabe, a água de aipo é citada comosendo componente de uma grande triaga, servindo para desobstruir o fígado (I.Juljul, Tratado sobre los medicamentos de la triaca, p. 57). Cf. A. M. Alfonso-Goldfarb, <strong>Livro</strong> do Tesouro de Alexandre, p. 158, nota 241: “O aipo <strong>dos</strong> clássicos(Apium graveolens L.) [...] quando <strong>em</strong> cocção, tornaria qu<strong>em</strong> o bebe resistente adrogas venenosas [...] esta seria uma das plantas cuja água, acrescentada à grandetriaca, serve para desobstruir o fígado”.187Plínio, Histoire naturelle de Pline, pp. 19 e 40.188Pio Font Quer, Plantas medicinales..., p. 488. A receita diz: “½ onça [cerca de 15g] de cada raiz. Coloque <strong>em</strong> ½ litro de água fervendo. Deixe macerar durante 12horas, fervendo várias vezes. Coe o líquido e junte açúcar suficiente para fazer umxarope, aquecendo ligeiramente. Tome às colheradas, como aperitivo e diurético”.Deve-se atentar para o fato de que os pesos e medidas variaram muito de país parapaís, e de época para época. Os valores s<strong>em</strong>pre são aproxima<strong>dos</strong>. Aqui, tomamos aonça como sendo equivalente a aproximadamente 33,5 g.189Theodoro Peckolt, Historia das plantas alimentares..., p. 39.190René Morgan, Enciclopédia das ervas e plantas medicinais, p. 35. Cf. Tim Lowet al., op. cit., pp. 62-3 e 110. Os autores faz<strong>em</strong> referência à capacidade do aipoauxiliar no tratamento do escorbuto; as propriedades descritas no texto para asfolhas foram bastante diss<strong>em</strong>inadas pelo médico e botânico inglês Nicholas Culpeper(1616-1654).92 - 15/04/2009

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