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Livro em formato PDF - Fernando Santiago dos Santos

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e previdentes que os donatários e os próprios governadoresgerais.A este respeito, Serafim leite faz um comentário bastanteincisivo, ao afirmar queos jesuítas s<strong>em</strong>pre foram homens práticos. As suasobservações não ficavam só no campo da especulação.Gradativamente, to<strong>dos</strong> êstes el<strong>em</strong>entos da florae da fauna americana se utilizaram na sua farmacologia.A quina, que os Jesuítas revelaram aomundo, levou muito t<strong>em</strong>po o nome de 69.Os serviços de saúde da Companhia de Jesus no Brasil,segundo Serafim Leite, faziam parte da caridade natural ecristã. Constituíam dois ofícios básicos: o <strong>dos</strong> que cuidavame tratavam os doentes, e o <strong>dos</strong> que manipulavam r<strong>em</strong>édios.Neste segundo caso, inclu<strong>em</strong>-se os enfermeiros — e tambémalguns cirurgiões — e os farmacêuticos 70 .Nos colégios, os jesuítas possuíam um receituário particular,onde se encontravam não só as fórmulas <strong>dos</strong> medicamentoscomo seus processos de preparação. Havia, também,méto<strong>dos</strong> de obtenção de certos produtos químicos. Sabe-se______________________69L. G. Cabral, Jesuítas no Brasil, apud Serafim Leite, Os jesuítas no Brasil, p. 14(grifo nosso). Em São Paulo de Piratininga, por ex<strong>em</strong>plo, o primeiro m<strong>em</strong>bro daCompanhia que preparava os r<strong>em</strong>édios era José de Anchieta. Lopes Rodriguesconsiderou-o “Galeno jesuítico” do Brasil, <strong>em</strong>bora o próprio Serafim Leite tenhaconsiderado tal denominação um tanto exagerada (cf. Serafim Leite, op. cit., p.16). Dev<strong>em</strong>os tomar cuidado, igualmente, com as generalizações feitas por SerafimLeite; não há como comprovar que “to<strong>dos</strong> êstes el<strong>em</strong>entos da flora e da fauna...”foram efetivamente utiliza<strong>dos</strong> na farmacologia jesuítica.70Serafim Leite, Artes e ofícios, pp. 37 e 83; à p. 96, Serafim esclarece que “comona Companhia as enfermarias eram obrigatórias <strong>em</strong> todas as Residências e Colégios,é natural que os irmãos enfermeiros, desde o século XVI ao XVIII, foss<strong>em</strong> maisnumerosos do que os Irmãos boticários ou farmacêuticos”. Para ele, “o serFarmacêutico, dentro <strong>dos</strong> serviços da saúde, é mais ciência do que arte”.46 - 15/04/2009

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