11.07.2015 Views

Livro em formato PDF - Fernando Santiago dos Santos

Livro em formato PDF - Fernando Santiago dos Santos

Livro em formato PDF - Fernando Santiago dos Santos

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

NhambuzÀ luz da taxonomia atual, nenhuma espécie foi identificadasob o epíteto de “nhambuz”. A literatura consultada, entretanto,forneceu duas indicações distintas para este simples,comentado a seguir.C. Lisboa cita a planta “yuambu/inambou/inhambu” comosendo uma espécie do gênero Gomphrena L. (famíliaAmaranthaceae), utilizada <strong>em</strong> fins do século XVIII no tratamentode colites, enterites, como tônica e antifebril 399 . Pelostermos indígenas sugeri<strong>dos</strong> acima, é possível que haja representantesdesta família que sejam identifica<strong>dos</strong> ao “nhambuz”citado na Triaga.L. C. Tibiriçá cita as variações “nhamby/nhambi/nhambü”(daí, portanto, nhambu) como tipos de ervas picantes e medicinaisda família Compositae (Asteraceae), na região doPará 400 . G. S. Sousa afirmou que “há uma erva que se chamanhambi, que se parece na folha com coentro, e queima comomastruços, a qual os com<strong>em</strong> índios e os mestiços crua, et<strong>em</strong>peram as panelas <strong>dos</strong> seus manjares com ela [...]” 401 .Este termo, entretanto, não deve ser confundido com o“nhambu-guaçu” citado por G. Piso como sendo a mamona(Ricinus americanus) 402 .Na Noticia breve <strong>dos</strong> lugares..., Serafim Leite diz que as<strong>em</strong>ente de “neambus” era encontrada no Colégio da Bahiae no sertão 403 . Note-se que a grafia <strong>em</strong>pregada aqui diferedaquela da própria Triaga._______________________399Frei Cristóvão de Lisboa, op. cit., pp. 234-5.400Luís Caldas Tibiriçá, op. cit., p. 78.401G. S. Sousa, op. cit., p. 200.402Theatrum Rerum Naturalium Brasiliae, vol. 2, p. 101. A referência feita a G.Piso, nesta passag<strong>em</strong>, é a da página 180 de sua História Natural das Coisas do Brasil,onde a mamona é descrita como “Nnhambv-Gvaçv” ou “Ricinvs Americana”, conhecida<strong>em</strong> Portugal como figueira-do-inferno. Cf. M. L. L. Rodrigues, op. cit., p.52.403Serafim Leite, Artes e ofícios, p. 300 (grifo nosso).15/04/2009145

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!